Lula tem que voltar a ser presidente, não a ser candidato

E a mensagem política tem que ser clara: voltar para gerar emprego para o povo. Sob este pilar, aí sim, pode ser elaborado um programa de governo consistente, construído ouvindo a sociedade.

O ex-presidente Lula chega em sua residência em São Bernardo do Campos
O ex-presidente Lula chega em sua residência em São Bernardo do Campos (Foto: Leopoldo Vieira)


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Independente das escolhas feitas pelo governo Michel Temer, Lula teria, tem e terá toda a legitimidade para se candidatar à presidência em 2018.

Em seus dois governos, o país cresceu, distribuiu renda e moldou seu principal legado: 20 milhões de empregos, 28 milhões fora da pobreza extrema, 36 milhões formando a classe C. De devedor à credor do FMI, fora do Mapa da Fome da ONU.

Num momento em que o Brasil experimenta a maior recessão da história recente e convive com 12% de desempregados, Lula pode e deve se apresentar à sociedade com a autoridade de quem, em 2003, assumiu um país quebrado e resolveu a situação, tal como, em 2008, evitou os efeitos da maior crise econômica internacional desde 1929.

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E a mensagem política tem que ser clara: voltar para gerar emprego para o povo. Sob este pilar, aí sim, pode ser elaborado um programa de governo consistente, construído ouvindo a sociedade.

Lula, líder nacional e mundial, é maior do que doutrinas, revanches e recalques, e sua candidatura aberta a arrastar todas as forças e lideranças políticas dispostas a ajudá-lo a retomar sua grande obra, seja na pré-campanha, no primeiro e/ou segundo turno; no primeiro, segundo ou terceiro ano de mandato após já, hipoteticamente, eleito, para ter a força necessária para superar uma depressão do tamanho atual.

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Ele pode e deve tentar realizar reformas pendentes desde 1964, mas do jeito que ele fez quando governou e deu certo: dialogando, arbitrando conflitos e esclarecendo a sociedade. Fundamental mesmo será construir o isolamento da extrema-direita e recompor a hegemonia política da centro-esquerda.

Com certeza, Lula não romperá com o programa econômico que for elaborado para sua eleição, nem com as alianças conquistadas para tal e, muito menos, tentar mudanças estruturais por meio de medidas administrativas.

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Em nível regional, poderá ajudar a encontrar soluções, seja para os impasses na Venezuela, por exemplo, ou para a consolidação da paz na Colômbia. Além, claro, de estabelecer pontes contra o avanço do trumpismo pelo continente e pelo mundo.

Em tempos de crise fiscal, que não estará resolvida em 2019, impossível é não articular a convergência de objetivos e metas com estados e municípios, fazer coincidir os ciclos das conferências nacionais com os do planejamento público e organizar os beneficiários de programas sociais para discutir a estratégia de desenvolvimento nacional e as próprias políticas que os impactam.

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Eleito, certamente fará um governo de muita escuta política, social e partidária. Jamais de áulicos a lhe conduzirem para, de líder, se reduzir a mártir.

Como ele mesmo destacou em reunião com o MST, quer disputar a eleição para ganhar, não para demarcar posição.

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