Boulos foi preso, porque voltou o abuso e a repressão

"Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei. Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica"

"Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei. Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica"
"Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei. Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica" (Foto: Luciana Oliveira)


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Esses dias meu companheiro, advogado militante em causas sociais no estado de Rondônia, falou alto enquanto almoçávamos num restaurante a palavra "democrático".

O interrompi alertando para o perigo que corremos com olhares desconfiados e até ameaçadores quando deixamos essa palavra escapar em público.

Disse que ele podia usar os palavrões mais pesados, calúnias e xingamentos preconceituosos, mas não falar "democrático" num espaço onde transitam fascistas, hipócritas, cínicos e corruptos descarados.

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Que loucura é essa de citar garantias constitucionais num ambiente público?

Que país acha que estamos vivendo?

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Há 9 meses os piores parasitas da política brasileira enterraram a democracia, a Constituição Federal não serviu como probiótico e hoje não serve como papel higiênico.

Nesta terça-feira, 17, Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, MTST, foi preso ao tentar IMPEDIR um conflito violento durante desocupação de um prédio abandonado há 40 anos.

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Por que ele foi preso?

Como exatamente tentou obstruir o cumprimento da reintegração de posse?

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"Alegaram incitação à violência e descumprimento de ordem judicial, que é descabido. Fui negociar com o oficial de Justiça. Ele estava presente para oficiar que o Ministério Público havia pedido a suspensão da reintegração ontem (segunda-feira, 16) e o juiz ainda não tinha julgado. E (fui falar) que seria razoável eles esperarem o resultado antes de reintegrar as pessoas. Foi o que eu disse pra eles. Se isso é incitação à violência, então eu incuti a violência", disse Boulos.

Ah, mas os papagaios virtuais, que têm o sangue velho dos ditadores correndo nas veias, vão encontrar milhares de argumentos 'morais', mas não jurídicos pra justificar a prisão arbitrária. E vão, porque é mais fácil confiar cegamente no que a mídia tradicional divulga.

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Em novos tempos de abuso e repressão, só o fato de ser liderança de movimento social justifica o tratamento violento diferenciado.

Quando o senador Fernando Collor (PTB-AL) teve três carros de luxo apreendidos, usou foi a tribuna pra xingar o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, a quem chamou de "filho da puta" e "calhorda". Lembram?

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