Polêmica de censura a livros didáticos vira marchinha de carnaval

Os alunos da rede pública municipal de Ariquemes estão sem os livros desde agosto de 2016, porque houve pressão para que o prefeito, tanto o anterior quanto o atual, não permitissem que o tema da diversidade familiar fosse tratado em salas de aula



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O bloco mais democrático do carnaval de Porto Velho resolveu protestar contra a censura a livros que falam de diversidade familiar de uma forma bem humorada.

A marchinha Toda Forma de Amar Vale a Pena é tema do desfile do bloco Pirarucu do Madeira marcado para o próximo dia 18, na avenida Pinheiro Machado, ao lado do ginásio Cláudio Coutinho, a partir das 15 horas.

A composição é de Toninho Tavernard que tem marchinhas e sambas em vários blocos e escolas carnavalescas da cidade.

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“A intenção é levar às ruas amor contra o preconceito. O prefeito e os vereadores que decidiram “suprimir” páginas dos livros que falam dos diversos formatos familiares não sabem o mal que promovem à sociedade com essa medida medieval”, disse Luciana Oliveira, diretora do bloco.

Os alunos da rede pública municipal de Ariquemes estão sem os livros desde agosto de 2016, porque houve pressão para que o prefeito, tanto o anterior quanto o atual, não permitissem que o tema da diversidade familiar fosse tratado em salas de aula.

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O prefeito Thiago Flores se recusou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público para impedir que páginas dos livros fossem rasgadas.

Tanto o MP quanto a Comissão Especial da Diversidade Sexual e de Gênero do Conselho Federal da OAB, alertaram o prefeito para a necessidade de “assegurar o fundamento constitucional da promoção da igualdade e da sociedade livre de qualquer preconceito”.

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Ao invés de se opor, Thiago Flores jogou a responsabilidade para os vereadores, alegando agir democraticamente com o apoio da maioria da população por meio de seus representantes na Câmara.

Em 2016, cerca de 18 das 26 escolas municipais adotaram os livros, mas apenas algumas utilizaram por medo de enfrentar o prefeito e vereadores e nenhuma escola estadual deixou de usá-los.

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“O carnaval é a vitrine da irreverência e o tema que trazemos cumpre a finalidade de contestar atos que promovem a discriminação, que em nada ajudam à luta pela igualdade de direitos, que só desumanizam a sociedade”, disse o presidente do bloco, Ernande Segismundo.

marchinha

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