A direita é burra (e mau-caráter)

A que se deve essa esdrúxula e suprema omissão (e inoperância) da PGR e do STF ao permitir que um homem acusado de tantos e tamanhos crimes, com suas eternas e vis manobras, prossiga na Presidência da Câmara, a terceira autoridade na linha de sucessão?! Ou seja, cai Dilma; cai Temer; sobe Cunha!



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"Inculta e feia" – costumava dizer um amigo sociólogo, fazendo uma pilhéria, aludindo, por suposto, aos célebres versos de Olavo Bilac, e se referindo à conservadora classe média, leitora da revista "Veja".

Vale recordar os versos do poeta: "Última flor do Lácio, inculta e bela/És a um tempo, esplendor e sepultura:/Ouro nativo, que na ganga impura/ A bruta mina entre os cascalhos vela (...).

Mas... sabe como é.

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A direita não gosta de poesia.

Eu acrescentaria, por minha conta e risco, além de "inculta e feia", coitada, a nossa classe média conservadora é burra mesmo. E mau-caráter.

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Burra de dar nó. Burra de dar dó.

Porque, veja bem, só pode ser burrice...

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A presidente Dilma estava "caindo pelas tabelas", por assim dizer - sem querer faltar com o devido respeito, claro. Com a aprovação lá em baixo, com oposição e críticas até dentro do seu próprio partido, e da militância desse partido, incluindo aí os movimentos sociais, sua base de sustentação. A sua situação estava, portanto, bastante complicada.

Num contexto desses, assim, do nada, os caras, da chamada "oposição", "argutos" e "democratas" que são, resolveram apresentar, acatar e dar andamento, com direito a espetáculos deploráveis e bisonhos no noticiário da TV, em pleno horário nobre, a um pedido de impeachment. Na verdade, um golpe político contra a presidente. Conseguindo assim o efeito, até então impensável, inesperado de unificar todas as forças progressistas em prol da presidenta.

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Moral da história: os amorais e os canalhas da República conseguiram unir, em proteção e apoio à atual mandatária da nação, até os cidadãos que antes tinham críticas à atuação da presidente da República.

Todos agora estão unidos em favor da legalidade constitucional e do Estado Democrático de Direito.

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Estamos todos unidos e fortalecidos contra o golpe.

Sim, porque, conforme já disse aqui e já foi dito por inúmeros analistas da atual cena política brasileira, você pode até ser contra Dilma Rousseff e/ou o seu governo, mas não pode fomentar ou cometer ILEGALIDADES e ATENTADOS contra a Constituição e contra a nossa incipiente democracia.

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E, para acabar de acabar, quem aceitou, e está dando andamento a esse imoral pedido de impeachment, foi ninguém mais ninguém menos do que o presidente da Câmara, e deputado eleito pelo estado do Rio de Janeiro, o senhor Eduardo Cunha.

Cunha e suas eternas "manobras".

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Desnecessário dizer ou lembrar que este senhor é acusado - não por mim ou por você, prezado leitor, mas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e pelo STF - de ter recebido cerca de 4 ou 5 milhões de dólares em propinas do chamado "Petrolão", em contas não declaradas na Suíça.

É acusado, também, não bastasse isso, de ter recebido cerca de R$45 milhões de um banqueiro (que já está preso, por sinal) para comprar mais de uma centena de deputados que hoje lhes dão sustentação no cargo.

Ou seja, em vez de o senhor Eduardo Cunha estar preso – oxalá já tenha sido detido quando este artigo for publicado – está presidindo as sessões da Câmara de Deputados! O que lhe parece?!

A que se deve essa esdrúxula e suprema omissão (e inoperância) da PGR e do STF ao permitir que um homem acusado de tantos e tamanhos crimes, com suas eternas e vis manobras, prossiga na Presidência da Câmara – salvo engano, a terceira autoridade na linha de sucessão?!

Ou seja, cai Dilma; cai Temer; sobe Cunha!

Para arrematar, como se fosse a cereja a decorar um bolo feito de excrescências, adivinha quais são os personagens que estão "tocando" essa tentativa canhestra de golpe, batizada eufemisticamente de "impeachment"?

Lá vai. Vou declinar alguns nomes. Mas cuidado com a náusea: Agripino Maia, Ronaldo Caiado, Feliciano, Bolsonaro, Paulinho da Força, Lúcio Viera Lima (irmão de Geddel), Aécio Neves, Jose Serra, Geraldo Alckmin et caterva.

Cá entre nós, quem marcha ao lado de gente dessa estirpe aí ou é ruim da cabeça ou é mau-caráter e golpista sem-vergonha mesmo.

Ô direitazinha ordinária essa!

O Brasil precisa de homens públicos, não de salteadores.

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