Eduardo Cunha é o bandido pelo qual eu mais torço

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Essa frase acima foi proferida ontem pelo ex-deputado Roberto Jefferson, em uma entrevista a um desses "jornalões" - salvo engano, ao "Estadão".

Jefferson, que foi deputado federal e presidente do PTB, como se sabe, é PhD em "bandidagem" - pois, além de parlamentar, foi apresentador de programa policialesco no rádio e na TV , na linha "mundo cão", tipo "Cidade Alerta" e "Brasil Urgente".

Ele se refere, na frase supracitada,  ao atual presidente da Câmara dos Deputados - a quem chama, escancaradamente, de "bandido" [pasmem!]. Mas, veja bem, não um bandido qualquer, um bandido pelo qual ele mais torce.

Se Jefferson é "PhD", Cunha tem "Doutorado" - pois está no poder desde o governo Collor. Curiosamente, como o próprio Jefferson também.

Jefferson, que já puxou uma cana dura no episódio do "mensalão", agora tem o cinismo e a desfaçatez de se dizer "preocupado" com a rotina de Cunha, esposa e filha na cadeia.

"Vai levantar de manhã cedo, chinelo de dedo, bermuda azul, camiseta branca. Está lá no coletivo dos presos, aquele cheiro de gente doente, com tuberculose, com Aids. Banheiro com cheiro terrível, banho frio. É duro. Se furar a bola, tem que dar uma bola nova. Tem que aturar isso. Limpar privada, varrer o chão".

"O que me preocupa são a filha e a esposa, mulheres bonitas, cheirosas, entram lá naquele meio, vão ser assediadas. Vão acordar com aquelas mulheres deitadas na cama, vão apanhar na cara, vão denunciar, vão apanhar de novo. O cara vai ter que aturar isso".

Vejam vocês a que tipos de indivíduos e partidos está entregue a política nacional e os governos no âmbito federal, estadual e municipal.

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