STF vai proibir juízes de sequestrar cidadãos inocentes, como fez Sergio Moro com Lula e Eduardo Guimarães

Ontem, o site do STF publicou uma nota sobre o pedido da OAB para que o Supremo regulamente o artigo do Código do Processo Penal que proíbe juízes de sequestrarem cidadãos que ainda não foram condenados, ou seja, que proíbam a famigerada condução coercitiva. É interessante o STF e a OAB voltarem a este assunto exatamente neste momento

Blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
Blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania (Foto: Miguel do Rosário)


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É interessante o STF e a OAB voltarem a este assunto exatamente neste momento.

Ontem, o site do STF publicou uma nota sobre o pedido da OAB para que o Supremo regulamente o artigo do Código do Processo Penal que proíbe juízes de sequestrarem cidadãos que ainda não foram condenados, ou seja, que proíbam a famigerada condução coercitiva, que se tornou instrumento de poder e vingança em mãos de juízes como Sergio Moro.

Condução coercitiva, alega a OAB, é inconstitucional.

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O STF vai tirar o pirulito da boca de magistrados sociopatas.

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No site do STF

OAB questiona condução coercitiva na fase de investigação criminal
Quarta-feira, 22 de março de 2017

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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheça a não recepção, pela Constituição Federal de 1988, do artigo 260 do Código de Processo Penal (CPP), no que se refere à aplicação da condução coercitiva na fase de investigação criminal. A questão é tema da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 444, ajuizada, com pedido de liminar, pela entidade.

O dispositivo preceitua que "se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença". Segundo a OAB, a norma prevê a condução coercitiva do acusado para fins de realização de interrogatório e outros atos no âmbito do processo judicial, mas a regra tem sido interpretada em contrariedade com os ditames constitucionais ao se permitir a sua utilização para a constituição de atos no curso da investigação criminal. Sustenta ainda que a medida tem sido sistematicamente adotada sem a observância da premissa do próprio artigo 260 do CPP, "ou seja, sem que o cidadão tenha descumprido anterior intimação".

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A entidade alega que a condução coercitiva durante a fase investigativa, ainda que decretada pela autoridade judiciária competente, viola os preceitos fundamentais da imparcialidade, do direito ao silêncio, do nemo tenetur se detegere (o direito de não produzir prova contra si mesmo), do princípio do sistema penal acusatório, do devido processo legal, da paridade de armas, da ampla defesa e do contraditório. "É incabível a determinação de sua condução forçada durante a fase de inquérito, pois se trata de medida cautelar que deve ser somente utilizada na fase judicial, se necessário", afirma.

Caso não seja acolhido o pedido principal, a entidade pede que seja declarada a inconstitucionalidade da interpretação ampliativa do dispositivo do CPP, a fim de que não seja permitida a condução coercitiva sem prévia intimação e não comparecimento injustificado do acusado.

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Rito abreviado

O relator da ação, ministro Gilmar Mendes, adotou rito abreviado previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999 ao trâmite da ADPF 444, tendo em vista a relevância da matéria. A medida permite que o STF analise a questão de forma definitiva, sem prévia análise do pedido de liminar, tendo em vista a relevância da matéria e sua importância para a ordem social e segurança jurídica.

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O ministro Gilmar Mendes observou que a ADPF 395, com objeto semelhante, está liberada para julgamento pelo Plenário. No despacho, o relator determinou ainda a requisição de informações à Presidência da República, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, a serem prestadas no prazo de 10 dias. Em seguida, os autos deverão ser encaminhados, sucessivamente, para manifestação da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República, para que se manifestem no prazo de cinco dias.

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