De Cunha ao ENEM

Transformações não acontecem à toa e a violência contra as mulheres tornou-se uma questão pública. Vencer este desafio passa pela conscientização e transformação cultural. A prova do ENEM é um bom começo para a juventude



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Neste terceiro milênio, as mulheres ainda têm a vida ameaçada simplesmente pelo fato de serem mulheres. Então, o primeiro direito fundamental que precisamos reivindicar é o direito de viver sem discriminação ligada ao sexo. Mulheres são sempre as primeiras vítimas das guerras e conflitos, da pobreza e de sociedades assoladas pela corrupção em todos os cantos do mundo.

Para entendermos seus direitos, devemos entendê-los como indissociáveis do respeito à integridade física, moral, intelectual, psicológica e patrimonial.

Em todos os continentes, mulheres são estupradas: aos olhos de seus agressores, são apenas objetos sexuais submetidos ao seu desejo ou ao desejo de vingança. Pior do que isto é no universo familiar que as mulheres correm mais perigo.

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A liberdade está no âmago de qualquer concepção humanista do mundo. Conservadorismos políticos e religiosos precisam ser desvendados e vencidos.

É abominável, por exemplo, a ocorrência de tráfico de mulheres, onde exploram a pobreza, o infortúnio e a ignorância daquelas excluídas do desenvolvimento.

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Agressões  também são evidentes contra minorias específicas como as mulheres delinquentes e encarceradas.

É preciso romper o silêncio, é preciso vencer as amarras que impedem  de proclamarmos com urgência a cobrança da aplicação às mulheres dos direitos e princípios do gênero humano: segurança, integridade, liberdade, dignidade e igualdade.

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Cada vez que fizermos progredir o direito de todas, a humanidade dará um passo para um mundo mais justo.

Neste sentido é impossível não repudiar com veemência o retrocesso na aprovação, da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), do projeto de lei (5069/13) de do deputado federal Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, que prejudica o atendimento às vítimas de violência sexual.

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Justificativas? Podemos imaginar.

Apesar disto, conseguimos enxergar esperança em meio ao nebuloso quadro político nacional e de trágica realidade feminina brasileira.

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Neste domingo, centenas de milhares de estudantes, de norte a sul do país, refletiram e opinaram sobre um caríssimo tema a todas brasileiras: "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Este foi o tema da redação do ENEM.

É um sinal, um importante sinal de que, mesmo a passos lentos, há uma consciência, mesmo no atual governo, de que a sociedade e os jovens em especial devem refletir sobre a violência contras a mulheres.

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Transformações não acontecem à toa e a violência contra as mulheres tornou-se uma questão pública. Vencer este desafio passa pela conscientização e transformação cultural. A prova do ENEM é um bom começo para a juventude.

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