Fábrica de insanos

A covarde agressão a um morto, o ex-senador petista Eduardo Dutra, revela o perigoso grau de insanidade de muita gente que se deixou contaminar pelo ódio midiático

A covarde agressão a um morto, o ex-senador petista Eduardo Dutra, revela o perigoso grau de insanidade de muita gente que se deixou contaminar pelo ódio midiático
A covarde agressão a um morto, o ex-senador petista Eduardo Dutra, revela o perigoso grau de insanidade de muita gente que se deixou contaminar pelo ódio midiático (Foto: Ribamar Fonseca)


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O veneno destilado pela mídia ao longo do tempo, praticamente desde o início do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, sem dúvida contaminou grande parte do povo brasileiro, até então um povo reconhecidamente fraterno. O ódio disseminado nas páginas dos jornalões e das revistas e nas telas da televisão provocou a insanidade em muita gente que, por preguiça mental ou comodidade, perdeu a capacidade de raciocínio e hoje aceita, pura e simplesmente, o que diz a grande imprensa. Sem ética e sem escrúpulos, direcionando seu noticiário em defesa de interesses políticos e econômicos dos grupos que representa, para atingir seus objetivos a chamada grande imprensa acabou se transformando numa fábrica de insanos, indiferente aos males que vem causando ao povo e ao país.

A covarde agressão a um morto, o ex-senador petista Eduardo Dutra, revela o perigoso grau de insanidade de muita gente que se deixou contaminar pelo ódio midiático. Ódio absurdo e inexplicável que carece de justificativa. As frases impressas nos panfletos distribuídos durante o velório do ex-senador petista deveriam ser motivo de reflexão para os que alimentam esse ódio. "Menos um para roubar" e "petista bom é petista morto" são algumas dessas frases, repetidas também nas redes sociais por imbecis completamente alienados. Se o clima odiento chegou a esse ponto, onde não há respeito nem por um cadáver, talvez tenha chegado a hora de repensar-se a legislação que regula a comunicação em nosso país, adotando-se dispositivos que impeçam semelhante comportamento, prejudicial à própria democracia. Isso não é censura.

Já nos habituamos a assistir a reação da mídia todas as vezes em que alguém levanta a necessidade de regulá-la. Apressam-se a invocar a liberdade de expressão e mobilizam até entidades internacionais para protestar contra o que classificam de "tentativa de censura". Na verdade, querem continuar, impunemente, caluniando, torcendo os fatos e destruindo reputações, além de envenenar o povo contra o Governo ou pessoas que não atendem aos seus interesses. A liberdade de imprensa é fundamental para a consolidação de qualquer democracia, mas essa liberdade deve ser exercida com responsabilidade. Os controladores dessa grande imprensa devem saber que não estão acima da lei, não são o poder maior de uma nação e, portanto, estão sujeitos às mesmas penalidades previstas para quem a infringe.

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A impunidade, na verdade, tem sido a maior incentivadora das agressões às autoridades do governo, incluindo a própria Presidenta. O respeito à democracia não pode servir de justificativa para atitudes passivas, pois tal comportamento é um estímulo aos agressores que, encorajados pela falta de reação, estão cada dia mais ousados. Como se recorda, a prisão dos responsáveis pela morte do cinegrafista da Band, numa manifestação de rua, estancou a escalada de violência dos chamados black blocs, que já estavam habituados a promover quebra-quebra, impunemente, em todos os movimentos populares. Infelizmente, porém, foi preciso que o cinegrafista morresse para que fossem tomadas medidas punitivas efetivas contra os baderneiros irresponsáveis. Será que um petista precisará ser assassinado para que os agressores sejam punidos?

Os que vilipendiaram o cadáver do ex-senador Eduardo Dutra devem ser punidos, para que em breve esse ódio absurdo não produza uma vítima. Para isso, no entanto, o primeiro passo seria mudar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que tem se revelado omisso na defesa da autoridade do governo. Como chefe da policia federal ele tem sido ignorado até pelos próprios policiais, que parecem não reconhecer a sua autoridade. Ninguém sabe, por exemplo, que medida foi tomada para punir o policial que usava a foto da presidenta Dilma Rousseff como alvo para exercício de tiro. E o que aconteceu com o terrorista tucano que declarou, publicamente na internet, a disposição de assassinar a Presidenta? Talvez seja o momento de, aproveitando a reforma ministerial, trocar Cardoso por Ciro Gomes, por exemplo. O político cearense parece ter um perfil mais adequado para ocupar o cargo de ministro da Justiça.

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O fato é que o governo precisa urgentemente deixar a defensiva para reagir contra as agressões, abandonando essa atitude passiva que enfraquece a autoridade. O governo dispõe de mecanismos legais para, inclusive, estancar a ação criminosa da mídia que, além de jogar o povo contra os petistas, tem inibido até magistrados dos tribunais superiores. O Brasil, afinal, e particularmente o governo, não podem continuar reféns dessa mídia que, interessada única e exclusivamente na conquista do poder pela direita com a qual se afiniza, não tem a menor preocupação com os problemas do povo e, por isso, está empenhada em ampliar a crise que ela mesma gerou. Para ela, pouco importa os males que está causando à nação, desde que atinja os seus objetivos.

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