A insanidade toma conta do país

As redes sociais se transformaram em verdadeira trincheira de pessoas que, escondendo-se ou não atrás de pseudônimos, despejam todo o seu ódio e intolerância contra autoridades constituídas, convencidas de que não sofrerão nenhuma penalidade

As redes sociais se transformaram em verdadeira trincheira de pessoas que, escondendo-se ou não atrás de pseudônimos, despejam todo o seu ódio e intolerância contra autoridades constituídas, convencidas de que não sofrerão nenhuma penalidade
As redes sociais se transformaram em verdadeira trincheira de pessoas que, escondendo-se ou não atrás de pseudônimos, despejam todo o seu ódio e intolerância contra autoridades constituídas, convencidas de que não sofrerão nenhuma penalidade (Foto: Ribamar Fonseca)


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Os terroristas do Estado Islâmico vão parecer anjos diante do ódio absurdo e inexplicável que alguns internautas brasileiros destilam nas redes sociais, onde pregam a morte, com requintes de crueldade, dos petistas. Ainda recentemente um internauta que se identifica como Gennaro André, certamente um pseudônimo para esconder a sua verdadeira identidade – uma atitude própria dos covardes – disse, em postagem no artigo "Somos todos Lula", que o ex-presidente operário "e sua gang" deveriam ser decapitados e suas cabeças penduradas em praça pública. Os terroristas do EI pelo menos tem uma causa, o que não justifica suas barbaridades, enquanto alguns internautas brasileiros são movidos, única e exclusivamente, por intolerância e ódio, sem causa nenhuma. Na verdade, dá pena vê-los transformados pela mídia em novos bárbaros, com instintos primitivos em pleno século XXI.

Para se ter uma pálida ideia dos insanos em que alguns brasileiros se tornaram, basta uma espiada num vídeo que está circulando nas redes sociais, mostrando um grupo de pessoas posicionadas em frente do edifício Solaris, no Guarujá, onde acusam Lula de ter um apartamento – como se comprar um apartamento fosse crime – gritando para um prédio vazio insultos ao ex-presidente. Será que pessoas normais, em seu juízo perfeito, sairiam de suas casas para insultar um edifício vazio? Coitados! São doentes mentais produzidos pelo ódio disseminado diariamente pela grande mídia, cujos controladores devem rolar de rir desses bobalhões que se prestam a esse papel. O receio é que se tornem doentes violentos e acabem cometendo um crime, pelo qual irão sozinhos para a prisão. E nem contarão com advogados pagos pelos barões da imprensa.

Além da mídia manipuladora, as redes sociais se transformaram num verdadeiro canal de ódio, violência, mentiras e calunias, onde os covardes se escondem atrás de pseudônimos para destilar seu veneno. São autênticos rola-bostas, que vivem repassando mensagens de ódio e pregando a violência contra os que estão ligados ao governo ou, simplesmente, os que condenam as injustiças. Constata-se que a mídia, com a sua campanha sistemática contra o governo e contra Lula, conseguiu idiotizar os que se deixaram influenciar por suas matérias tendenciosas. À falta de argumentos para contestar aqueles que condenam a arbitrariedade das operações policiais, as investigações de conotação política e a perseguição ao ex-presidente Lula, eles insultam, ofendem e pregam o linchamento físico dos petistas, o que se tornou rotina por falta de punição.

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A impunidade é o maior incentivo aos infratores de qualquer espécie, sejam corruptos, assassinos, traficantes, batedores de carteiras, agressores pessoais ou virtuais de autoridades ou ações arbitrárias de policiais. As redes sociais se transformaram em verdadeira trincheira de pessoas que, escondendo-se ou não atrás de pseudônimos, despejam todo o seu ódio e intolerância contra autoridades constituídas, convencidas de que não sofrerão nenhuma penalidade. Ninguém sabe, por exemplo, que pena sofreu o advogado tucano que ameaçou publicamente matar a presidenta Dilma Rousseff, nem o policial federal que usava a foto dela como alvo para exercícios de tiro. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem sido mera figura decorativa no governo, assistindo complacentemente os abusos da policia federal, que parece agir sem controle, especialmente na perseguição a Lula.

Ninguém, que tenha qualquer ligação com o ex-presidente operário, escapa das investigações, nem mesmo os seus advogados. Agora escancarou de vez: as operações Zelotes e Lava-Jato se transformaram em Operações Lula. O ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, estarrecido com o que classificou de "cerco ao ex-presidente Lula", afirmou em sua página no Facebook que querem "atingir o maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas, não porque ele seja desonesto, mas porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto". Depois de criticar as manchetes de sexta-feira última da "Folha" e do "Estadão", disse: "Houve e estão havendo abusos na divulgação de delações sem provas, houve abuso em prisões cautelares ou provisórias quando não havia razão para elas. E não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima".

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As delações sem provas, que se transformaram nas chaves para a saída das prisões, são hoje uma das principais armas das investigações para atingir quem eles querem, especialmente Dilma e Lula. E para que os presos tenham seus acordos aceitos, segundo advogados já denunciaram, é preciso que citem exatamente os nomes que interessam aos investigadores: Dilma ou Lula ou seus parentes. Não vale falar do senador Aécio Neves ou de qualquer outro tucano. Os executivos Otávio Azevedo e Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, por exemplo, só tiveram o seu acordo de delação aceito porque não citarão Aécio e se comprometeram a falar a respeito de pedidos de doações para a campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff, envolvendo nomes importantes do governo do PT, como o assessor especial da presidência Giles Azevedo e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Edinho Silva.

Precisamente por recusar-se a delatar quem quer que seja é que Marcelo Odebrecht, presidente da construtora que leva o seu nome, é um dos poucos empresários mantidos presos até hoje. Interessante é que ele foi preso em junho do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações – de "tentar obstruir" – enquanto quem foi acusado de receber milhões de reais em propina continua palitando os dentes, sem ser incomodado. E o mais surpreendente: parece que os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – estão simplesmente assistindo de camarote a esse espetáculo deprimente oferecido pelos investigadores e divulgados à exaustão por essa mídia anti-Lula e anti-Brasil. Até quando?

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