Aidar acerta ao promover Cotia e contratar nos mercados nacional e sul-americano

A postura é correta, porque reflete a realidade da atual situação financeira do clube

CFA Cotia data: 17/11/06 foto: Rubens Chiri/Perspectiva
CFA Cotia data: 17/11/06 foto: Rubens Chiri/Perspectiva (Foto: Ricardo Flaitt)


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O presidente Carlos Miguel Aidar acerta ao promover a base de Cotia e buscar reforços nos mercados nacional e sul-americano. A postura é correta, porque reflete a realidade da atual situação financeira do clube. Ou se encontram alternativas, ou caminhar-se-á para uma dívida impagável que, em poucos anos, levará o clube à falência, assim como já acontece com muitos grandes do futebol brasileiro.

COTIA | Além da escassez de grana há que se fazer acontecer alguns projetos que só existem enquanto projeto, no papel, caso do CFA de Cotia, que recebe milhões em investimentos anuais e já passou da hora de revelar jogadores, para contribuir com o elenco principal e, no futuro, gerar receitas ao clube. Mesmo que a medida se materialize em um momento de pressão, antes tarde do que nunca.

Se a safra de Cotia é boa ou ruim, isso será constatado no desenrolar do campeonato. Mas, por colocar à prova os garotos lá formados, ao menos, servirá como parâmetro real, e não mais especulações. Se for ruim, com tese provada em campo de futebol, será também ponto de partida para reavaliar o que está sendo feito com a formação de base.

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MERCADOS | A busca por jogadores nos mercados nacional e sul-americano também representa uma decisão correta de Aidar. Medida que não limita à falta de orçamento para grandes contratações, pois clubes como o Cruzeiro mostraram que é possível montar boas equipes com jogadores como Everton Ribeiro (Coritiba), Bruno Rodrigo (Santos), Egídio (Flamengo e Goiás), Willian Farias (Coritiba), Marcelo Moreno (Flamengo), Ricardo Goulart (Goiás), Nilton (Vasco), Ceará, entre outros, que despontaram em clubes de médio porte no Brasil, outros que estavam subaproveitados em grandes agremiações e em clubes na América, caso de Samudio (Libertad-PAR).

Evidente que a afirmação acima considera o contexto do mercado brasileiro, muito distante de contratações nas cifras do mundo europeu, chinês, americano, indiano, et cetera. No entanto, a solução de todos os problemas não necessariamente está nesses mercados.

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Os clubes brasileiros têm de inverter a lógica de contratação que está levando os clubes à falência, que é lançar um jogador, valorizá-lo, vende-lo ao exterior e depois recomprá-lo, geralmente já em fim de carreira e com salários de astros.

O que deve ser feito é: lançar jogadores da base, aproveitá-los no profissional – quando bons -, fazer dinheiro vendendo-os ao exterior e não gastar o dinheiro do jovem contratando um medalhão desgastado.

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A ausência deve ser substituída por um novo garoto da base ou buscar no mercado nacional ou sul-americano, um outro atleta, com preço abaixo do que foi ganho com a venda, assim repõe-se o elenco e faz-se caixa. Assim encerra-se o ciclo de acúmulos negativos aos cofres e mantém-se sempre uma equipe, dentro do possível e da realidade do futebol brasileiro.

Já existem experiências reais do descrito acima. O Cruzeiro, campeão dos dois últimos Brasileirões, é um exemplo perfeito do que deve ser feito pelos clubes nacionais: comprar jogadores que estão em nosso mercado, valorizá-los e fazer caixas vendendo-os ao exterior, assim como Ricardo Goulart, Everton Ribeiro. Trouxe também de times sul-americanos e misturou tudo com a base, caso do lateral Mayke, dentre outros.

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O CASO LUGANO | Osorio também não está errado ao barrar Lugano no São Paulo, mesmo que de graça. O uruguaio é e será ídolo no Tricolor ao longo de gerações, será sempre ovacionado, reverenciado e recebido como um dos maiores no estádio do Morumbi; mas vir a jogar, neste momento, haveria uma possibilidade muito grande de estragar sua história vitoriosa no clube. Lugano nunca foi dono da técnica de um Miranda, dependia muito do vigor físico e, agora, com 34 anos, não há muito como estabelecer compensações entre corpo e mente.

BOSCHILIA NO MONACO | Evidente que, do ponto de vista cronológico, é precoce um jogador de 19 anos sair do SPFC. No entanto, com dívidas e a incerteza que Boschilia vá se tornar um craque, não dá para recusar uma oferta de 10 milhões de euros do Monaco. Como dito, com o dinheiro que chegar ao Tricolor, a diretoria tem condições de comprar outro jogador, novo ou não, e ainda amortizar o negativo nos cofres do clube.

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