Olhe o golpe aí, gente

Uma realidade consensual: todos os golpes na América Latina derrubaram governos que comiam no cocho da esquerda e sempre contaram com o auxílio luxuoso da mídia tradicional

Uma realidade consensual: todos os golpes na América Latina derrubaram governos que comiam no cocho da esquerda e sempre contaram com o auxílio luxuoso da mídia tradicional
Uma realidade consensual: todos os golpes na América Latina derrubaram governos que comiam no cocho da esquerda e sempre contaram com o auxílio luxuoso da mídia tradicional (Foto: Sebastião Costa)


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Justiça seja feita! A direita latino-americana merece, com todos os méritos, exibir no peito a medalha de ouro na modalidade, promover golpes de estado.

No Brasil de 1954, um tiro no peito e o povão nas ruas desmontaram um golpe já montado.

Dez anos depois, derrubaram o governo eleito de João Goulart e em 1973, caíram os governos democráticos do Uruguai e do Chile.

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Em 1976, a bola da vez foi a Argentina. Um governo eleito pelo povo, foi violentamente arrancado do poder.

Quando se acreditava que os novos tempos pudessem arejar o espírito golpista das elites latino-americanas, eis que em pleno século XXI, mais precisamente em 2002, a direita volta atacar na Venezuela para derrubar o presidente Hugo Chavez. Voltou dois depois nos braços do povo.

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Em Honduras, Manoel Zelaya, eleito em eleições livres, foi dormir presidente e acordou de madrugada, destituído por um grupo de militares que o deportaram para a Costa Rica, ainda de pijama.

A vítima seguinte foi o Paraguai. O presidente Fernando Lugo, pouco tempo depois de estabelecer residência no Palácio de Los López, achou de cometer 'duas besteiras': Não permitiu em solo paraguaio os transgêncos da poderosa Monsanto e interrompeu o subsídio da energia para a gigante do alumínio, a anglo-australiana Rio-Tinto.

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Não deu outra: A mão santa da Monsanto e da Rio-Tinto, abençoou o bolso de 39 senadores(contra 4) e em menos de 24 horas, sem direito à defesa, o primeiro presidente esquerdista da história do país foi sumariamente deposto pelo senado federal.

Percebam que nos anos 60/70, coturnos e quepes à frente, foi tudo na porrada. No século XXI, uma elite mais light, sofistificou os golpes

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Vejam o que anda ocorrendo no Brasil:

Nos idos de 2012, o então presidente do Supremo, Ayres Brito, tinha na agulha o julgamento do mensalão mineiro (ocorreu dois anos antes do petista) e um telefonema no intervalo do cafezinho, alterou a lógica cronológica.

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Veio o julgamento do mensalão, petistas presos e um desgaste incalculável na imagem do partido. Mal acabou o mensalão, entrou o caso Petrobrás e mais um ano de massacre midiático com o objetivo claro, ostensivo de mandar o PT ao fundo do poço. Sem falar que Lula, reserva eleitoral do partido, é o único ex-presidente da história do país a levar pancada quase todo dia.

Junte-se a isso os efeitos do ajuste fiscal imposto pelo cenário econômico mundial e temos um caldo de cultura perfeito para a velha elite direitizada afiar as unhas e montar o golpe. Seus testas de ferro nos partidos políticos, já removeram as papas na língua e falam abertamente em impeachement.

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A roubalheira nas privatizações; a compra de votos para a reeleição de FHC; o mensalão mineiro; o trensalão paulista; a lista de Furnas, são excrementos éticos acumulados no ninho tucano. O pretexto que eles andam utilizando para derrubar a presidenta ( contas de 2014 não aprovadas), nos remetem ao udenismo hipócrita que levaram ao suicídio de Getúlio e a derrubada de Jango.

No Paraguai, a derrubada do presidente eleito foi chamado de golpe parlamentar; na venezuela de golpe midiático e o de Honduras, militar.
Aqui no Brasil, os blogs progressistas falam de golpe em câmera lenta.

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Uma realidade consensual: Todos os golpes na América Latina derrubaram governos que comiam no cocho da esquerda e sempre contaram com o auxílio luxuoso da mídia tradicional.

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