Greve dos PMs do Espírito Santo acaba em barriga do Jornal Nacional

O Jornal Nacional anunciou o fim da greve dos PMs do Espírito Santo em furo de reportagem na sexta-feira 10 de fevereiro, mas a verdade é que parece ter havido um documento de intenções, puramente declaratório. Mas as verdadeiras representantes dos soldados em greve repudiam esse acerto de lideranças por cima

Vitória (ES) - Clima de tensão durante protesto de moradores em frente ao Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo em Maruípe. Militares do Exército fazem a segurança da região (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Vitória (ES) - Clima de tensão durante protesto de moradores em frente ao Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo em Maruípe. Militares do Exército fazem a segurança da região (Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Foto: Urariano Mota)


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Agora, se confirma que o Jornal Nacional cometeu uma tremenda "barriga". Anunciou o fim da greve dos PMS do Espírito Santo em furo de reportagem na sexta-feira 10 de fevereiro.

Pouco depois, o site de O Globo foi mais ponderado, aqui.

"Representantes dos policiais militares e do Governo do Estado chegaram a um acordo, na noite desta sexta-feira (10) em uma reunião sem a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no estado. O anuncio aconteceu no Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória. As mulheres dos PMs falaram com o G1 e dizem que não foram comunicadas do acordo. Pelo acordo, os PMs voltam às ruas do Espírito Santo às 7h da manhã deste sábado (11). A paralisação completou sete dias nesta sexta-feira (10). A informação do acordo foi publicada no blog da jornalista Miriam Leitão."

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No entanto, pela entrevista coletiva do Secretário de Direitos Humanos do ES, houve um, digamos, tortuoso acordo. Ficou claro na coletiva que o secretário fez um apelo aos policiais para que os PMs voltassem ao trabalho às 7 horas da manhã deste sábado. Ora, se o acordo havia sido pra valer, não havia por que se fazer apelo. Acordo se cumpre. Parece que, no máximo, houve um documento de intenções, puramente declaratório.

Pois quem assinou o "acordo"? Pelo visto, entidades de policias que não têm representatividade com a tropa. O governo do Espírito Santo declarou que "o acordo foi assinado com a Assomes (Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo), a ACS (Associação de Cabos e Soldados), a ABMES (Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo) e a Asses (Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar do Espírito Santo)".

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Mas as verdadeiras representantes dos soldados em greve repudiam esse acerto de lideranças por cima. Podemos ver aqui.

"As mulheres dos policiais militares não participaram da reunião e, portanto, não assinaram a ata:

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'Por enquanto continua tudo igual. O governo não decide pelo movimento. Houve uma reunião, uma proposta, e a gente ainda não sabe se aceita a proposta do governo. Assim como o governo ainda não aceitou a nossa. As mulheres ainda vão se reunir', disse uma das manifestantes.

'É mais uma mentira. As associações nunca estiveram com nosso movimento. Estamos reunidas agora discutindo isso. Mas para as esposas o movimento continua", afirmou outra esposa de PM"

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E o Estadão completou:

Mulheres de PMs dizem que movimento continua no ES

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As mulheres dos policiais militares amotinados no Espírito Santo dizem que o movimento continua, apesar de o governo ter anunciado um acordo com a categoria. "Esse encontro foi entre as associações de policiais. Mas a paralisação é das mulheres. Nós não participamos dessa negociação. Continuaremos aqui", afirmou uma das lideranças do movimento, que se identifica apenas como Gilmara.

Ela participou da reunião de 10 horas com representantes do governo, na quinta-feira, 9. Foi a primeira a deixar o encontro, revoltada porque o governo se manteve irredutível e não se comprometeu a reajustar os salários..."

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Agora, na manhã deste sábado, o fim que não houve da greve se confirma. Era só desejo aumentado por erro sério de informação a notícia, o furo de reportagem do Jornal Nacional. Sem qualquer relação com as mulheres dos PMs, de modo mágico o Jornal Nacional conseguiu fazer uma grande barriga.

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