Vamos resistir ao golpe

Neste momento, a prioridade da CUT e dos movimentos sociais é defender a decisão das urnas. Combater o golpe é também não aceitar a antecipação de eleições apenas para a Presidência da República, nem tampouco a renúncia de Dilma

18/03/2016- São Paulo- Sp, Brasil- Ato em prol do governo Dilma, ex-presidente Lula e ao PT, na avenida Paulista. Foto: Roberto Parizotti/ CUT
18/03/2016- São Paulo- Sp, Brasil- Ato em prol do governo Dilma, ex-presidente Lula e ao PT, na avenida Paulista. Foto: Roberto Parizotti/ CUT (Foto: Vagner Freitas)


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Um 1º de Maio histórico, de defesa da democracia, dos direitos sociais e trabalhistas, contra o golpe do impeachment em tramitação no Senado. Esse foi o sentimento que tomou conta de milhares de trabalhadores em todo o país no último domingo, em especial dos que estavam no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para comemorar o Dia do Trabalho.

Convidada pelas organizações sociais, a presidente Dilma Rousseff anunciou no ato em São Paulo algumas medidas de interesse da classe trabalhadora, como a correção da tabela do Imposto de Renda, o aumento no valor do Bolsa Família e a construção de mais unidades do Minha Casa, Minha Vida.

Mais do que as propostas em si, o que empolgou o povo foi a declaração de Dilma de que vai resistir ao golpe. Ela reforçou a importância da aliança que vem sendo construída entre artistas, intelectuais, juristas e movimentos sindicais e populares em defesa da democracia.

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Está claro para todos que o golpe desrespeita as regras democráticas constitucionais. Lula só foi eleito presidente em sua quarta tentativa. O PSDB perdeu as quatro últimas eleições e, desde então, vem articulando o golpe, contando com a traição do PMDB e o apoio de todos os que são contrários às políticas públicas dos governos Lula e Dilma.

O projeto político que ganha as eleições desde 2002 foi novamente escolhido pelo povo em 2014, por ser o que mais interessa aos trabalhadores e ao Brasil.

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No 1º de Maio, a CUT e os movimentos sociais colocaram milhares de trabalhadores nas ruas para dialogar sobre essas questões com a população e a própria presidente.

Vamos resistir ao golpe. Engana-se quem pensa que a crise econômica será resolvida com o acirramento da crise política e o golpe de Estado.

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As medidas econômicas do PMDB, de cunho patronal e conservador, pressupõem um caminho trágico para a nação: o fim da política de valorização do salário mínimo, uma reforma da Previdência que imponha idade mínima para homens e mulheres, redução ou extinção dos programas sociais, corte de direitos trabalhistas, diminuição dos orçamentos da saúde e da educação, arrocho salarial e desemprego.

Neste momento, a prioridade da CUT e dos movimentos sociais é defender a decisão das urnas. Combater o golpe é também não aceitar a antecipação de eleições apenas para a Presidência da República, nem tampouco a renúncia de Dilma.

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Isso seria capitular, legitimar o golpe. A resistência será nas ruas. Vamos continuar denunciando os golpistas em todo o mundo e lutando para que o Senado não aprove o impeachment.

Para a CUT e os movimentos sociais, o golpe violenta a democracia, as conquistas dos trabalhadores e a Constituição. Resistir é o dever de todos. Onde houver um trabalhador, uma dona de casa, um
jovem estudante, um beneficiário das políticas públicas, haverá um defensor do mandato da presidente Dilma e do projeto democrático e popular.

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