Má alimentação é um dos principais fatores de risco para câncer

A incidência de tipos de câncer relacionados à obesidade tem gerado preocupação ao Inca; dos 500 mil novos casos de câncer que estão previstos para o ano que vem, muitos deles podem estar ligados ao excesso de gordura corporal; quase 14 mil casos de câncer de próstata, associados a obesidade, devem ser registrados no país nos próximos dois anos; "Maus hábitos alimentares e sedentarismo são os principais motivos para o crescimento da obesidade nos últimos anos", afirma a nutróloga Alice Amaral

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Por Victor Alves, 247 - A incidência de tipos de câncer relacionados à obesidade tem gerado preocupação ao Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca).  De acordo com as estimativas do órgão, o Brasil deverá registrar no próximo ano 596.070 novos casos de câncer (295.200 entre os homens e 300.870 entre as mulheres) e muitos deles podem estar relacionados ao excesso de gordura corporal.

Segundo o levantamento, quase 14 mil casos de câncer de próstata, associado a obesidade, devem ser registrado no país nos próximos dois anos. Outros tipos de câncer, como o de ovário e o cólon-retal, também relacionados ao excesso de peso têm subido posições entre os mais frequentes no país. A estimativa apontou ainda que um terço dos casos de câncer são evitáveis e os principais fatores de risco para eles são o tabagismo e a alimentação – que, sozinhos, correspondem a 65% das causas identificáveis da doença que mata 190 mil brasileiros por ano.

O Ministério da Saúde em sua última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) constatou que, em 2014, 17,9% da população apresentava quadro de obesidade, enquanto a parcela da população com excesso de peso alcançou a marca de 52,5%, número 23% maior do que o registrado há nove anos.

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"Maus hábitos alimentares e sedentarismo são os principais motivos para o crescimento da obesidade nos últimos anos. Além disso, o consumo desenfreado de alimentos industrializados, ricos em gordura e açúcar. Mesmo com a rotina mais agitada da sociedade moderna é preciso uma conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável para a preservação da saúde", afirma a nutróloga Alice Amaral.

A obesidade é uma doença crônica que precisa ser tratada com a união entre reeducação alimentar e atividade física. Para o primeiro, Alice Amaral defende a adoção de medidas simples na rotina como forma de emagrecer e evitar o sobrepeso. Comer de três em três horas, mastigar bem os alimentos e excluir hábitos alimentares prejudiciais são dicas valiosas da nutróloga.

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Períodos de jejum prolongado aumentam os níveis circulantes de insulina pós prandial (após as refeições) colaborando para o aumento da glicemia e gordura abdominal. Além disso, hormônio como a ghrelina, que induz a sensação de fome, aumenta muito em longos períodos de jejum, por isso é recomendado a alimentação com periodicidade de três horas, como forma de inibir a formação do hormônio da fome e permitir que a pessoa coma menos na hora das principais refeições.

"Mastigar adequadamente, de forma lenta, promove melhor a digestão e faz com que o sistema nervoso central capte melhor, mais rapidamente, a neutransmissão que indica a saciedade. Não é adequado comer fazendo outra coisa, assistindo televisão ou respondendo e-mail. Concentrar-se no que está comendo ajuda a evitar excessos", afirma.

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Também para aumentar a sensação de saciedade, Aline recomenda o consumo de alimentos ricos em água, como ensopados e cozidos. Na sobremesa, melão e melancia são boas pedidas. Fibras também propiciam o mesmo efeito.

A dica mais difícil de ser concluída é a redução ou o abandono do consumo de alimentos nocivos a saúde e que ainda engordam, como gordura trans, açúcar, refrigerantes, excesso de sódio, excesso de gordura saturada, industrializados e alimentos refinados. Para isso, é fundamental a mudança no comportamento de cada individuo. 

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