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Arnóbio Rocha

Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

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A classe trabalhadora e a consciência de classe

O MST é parte da resistência da classe trabalhadora por sua libertação de todos os grilhões

(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
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O 1º de maio continua sendo a data mais simbólica da classe trabalhadora em quase todos os lugares do planeta. As comemorações são as mais variadas, especialmente, são manifestações de luta e de protestos, pois é importante para demarcar posições, denúncias as condições de trabalho, exploração e servem para enfrentar os governos que, em regra, colaboram com os patrões para esse estado de coisas.

Ainda que, tanto à direita como à esquerda (sic), insistam na cantilena do fim da classe e, por conseguinte, da luta de classes, a realidade é que ela permanece viva, com todas diferenças, de não ter sua maior expressão na concentração fabril, ou de empresas, sendo diminuída numa forma determinada, não se extingue a essência de sua existência e, principalmente, a formação de valor e lucro.

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Marx continua tão atual que assusta, o método de análise é preciso porque na essência, o Capital, segue sendo o mesmo, sua movimentação ampla pode aumentar ou diminuir a concentração de renda, a apropriação da mais-valia, a taxa de lucro que é o seu santo graal, isso é o que determina a vida, não guardando nenhuma relação com a modernidade.

A superestrutura ideológica, hoje é manejada pelos algoritmos, como no passado outras ferramentas mais modestas aprisionavam e iludiam os de baixo, a classe trabalhadora, o proletariado.

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A atualidade de Marx está na capacidade de entender como funciona aquilo que é fundamental numa sociedade de classes (em luta), a economia política, a produção coletiva, mesmo atomizada, não mais concentrada no chão de fábrica, por outro lado, a apropriação individual dos lucros fabulosos, aumenta a exploração humana, mesmo numa sensação de melhora de vida. No entanto, os bilhões de miseráveis, são a nossa consciência de que o sistema capitalista não dará respostas à humanidade.

Compreender a realidade da distopia e unir os cérebros que (ainda) pensam autonomamente e não estão dispostos a serem vencidos por algoritmos ou inteligência artificial, é o maior desafio da humanidade, tendo como escopo a defesa da vida e das condições elementares da vida do planeta, seriamente ameaçado pela destruição do meio ambiente. O quadro pode ser apocalíptico, mas não é de derrota, é de urgência e de que as reflexões saiam para além da disputa inglória do Parlamento, do Executivo ou do Judiciário. Como também do espaço geográfico local, pois é uma realidade de contrarrevolução mundial de longo prazo, ou enquanto durar a crítica situação ambiental, o que pode ser tarde.

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A classe vive não por um desejo pessoal, ou de um coletivo, mas porque ela é realidade objetiva, existe independente de nossa consciência (de classe, ou não).

As lutas pela plena libertação e igualdade ressoam hoje, no nosso dia especial, bem como em todos os outros dias.

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Viva a classe.

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