Ameaça de intervenção estrangeira provoca protestos no Haiti
Manifestações ocorrem após a chegada de carros militares dos EUA e Canadá
247 - Milhares de haitianos saíram às ruas das principais cidades do país nesta segunda-feira (17) para exigir a saída do primeiro-ministro Ariel Henry e a rejeição da possível intervenção internacional solicitada pelo primeiro-ministro na semana passada, informa a Telesul.
A iniciativa é atribuída ao líder do grupo político "Pitit Desalin", Jean Charles Moïse, que anunciou uma revolta geral na ocasião em que este 17 de outubro é a data comemorativa do assassinato do pai da nação Jean Jacques Dessalines.
As ruas da cidade de Cap Haitien estão em ebulição, com barricadas de pneus em chamas em todos os cantos da cidade, segundo relatos da imprensa local.
Na mesma linha, o povo de Jérémie volta às ruas para protestar contra o primeiro-ministro Ariel Henry e seu governo.
Jérémie vem provocando há várias semanas uma onda de protestos contra o governo por ter tomado a decisão de aumentar os preços dos combustíveis.
Após o assassinato do então presidente Jovenel Moïse no verão de 2021, várias organizações populares haitianas assinaram o chamado Acordo de Montana. Esse acordo tem como objetivo, como declararam, “romper com o regime de extrema direita (PHTK)” e sair da crise constitucional.
À margem, a Plataforma Política "Pitit Desalin" (PPPD) também exige o fim do Governo de Ariel Henry. Ambos concordam que Henry é incapaz de resolver os problemas de inflação, insegurança e organização de eleições.
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