Argentina: no primeiro ano após a descriminalização, mais de 59 mil abortos foram realizados na rede pública
Em todo o país existem 1.347 hospitais e centros de saúde que garantem o serviço
ARN - O sistema público de saúde da Argentina realizou 59.358 interrupções da gravidez durante o primeiro ano de implementação da lei que descriminalizou a interrupção voluntária da gravidez no país, sancionada em 30 de dezembro de 2020.
O relatório ImplementAR 2021, que resume as ações do governo durante 2021, indica que em todo o país existem 1.347 hospitais e centros de saúde que garantem o serviço, nos quais foram distribuídos 74.057 tratamentos com misoprostol.
De acordo com o documento, que foi acessado pela agência oficial Télam, 37 ações judiciais foram movidas em todo o país por entraves no acesso ao serviço. Destes, a justiça rejeitou 26 e arquivou quatro, enquanto outros sete aguardam o pronunciamento judicial.
O relatório observa que a linha direta nacional, gratuita e confidencial de saúde sexual e reprodutiva recebeu cerca de 21.800 consultas sobre a interrupção voluntária da gravidez.
Durante o ano de 2021, foram publicados três protocolos nacionais sobre como proceder no atendimento em casos de estupro e no atendimento pós-aborto, que foram adaptados para as línguas Wichí, Guarani, Toba e Chorote para mulheres indígenas.
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