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América Latina

Bolívia quer que Brasil pague mais pelo gás natural que vende à Petrobras

O ministro de hidrocarbonetos e energia da Bolívia diz que o país está procurando "o melhor preço" porque agora está perdendo dinheiro

Bandeira da Bolívia (Foto: Reuters)
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Agência Regional de Notícias - O governo boliviano reconheceu quinta-feira que o corte de 30% nos embarques de gás natural para a Petrobras estatal brasileira na semana passada foi porque o Brasil não deu "a resposta que se esperava" a sua proposta de renegociar um preço melhor para o metano que vende.

O ministro boliviano de Hidrocarbonetos e Energia, Franklin Molina, considerou que o preço acordado no adendo assinado durante o governo interino de Jeanine Áñez (2019-2020) não é favorável à Bolívia e está causando danos econômicos à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), de acordo com um comunicado de imprensa oficial.

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"Tentamos, por escrito e formalmente, solicitar a renegociação do contrato com a Petrobras. Nosso presidente da YPFB (Armin Dorgathen) tem estado no Brasil, procurando melhores condições em termos de preços de gás. A resposta não foi a esperada e, em vista desta situação, temos trabalhado no contrato, onde uma de suas cláusulas declara que, se uma das partes não estiver satisfeita com o preço, essa parte pode buscar a renegociação", explicou Molina.

Ele disse que o governo anterior mudou o ponto de entrega do gás e transferiu a taxa de entrega para a YPFB. "Agora que a YPFB cobre o custo de transporte até o ponto de entrega. Nossa empresa perde cerca de US$ 70 milhões por ano e, se somarmos os baixos custos do gás, o resultado não é favorável para o país, e é por isso que vamos procurar melhores condições para vender nosso gás. A Bolívia tem que buscar um preço melhor para seu gás natural, melhores condições e um mercado melhor", acrescentou o ministro.

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"É um dever renegociar as condições deste adendo, porque quem o assinou era um governo golpista que não se preocupava com os interesses do Estado (...) A Bolívia procura um preço melhor para seu gás natural, melhores condições e um mercado melhor", concluiu Molina.

Na terça-feira, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro acusou a Bolívia de reduzir em 30% o fornecimento de gás natural a seu país para enviá-lo à Argentina. "A Bolívia cortou 30% do nosso gás (natural) para entregá-lo à Argentina. Como a Petrobras também agiu neste assunto? Parece que tudo está orquestrado. É um negócio que me parece ser orquestrado para favorecer você-sabe-quem", disse o presidente brasileiro.

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