Boric anuncia mudanças na cúpula do governo após derrota da Constituinte no Chile
Gabriel Boric fez mudanças importantes em seu gabinete ministerial nesta terça
247 - Diante da derrota no referendo realizado no domingo, 4, que propunha um novo texto para a Constituição do Chile, o presidente do país, Gabriel Boric, fez mudanças importantes em seu gabinete ministerial nesta terça-feira, 6. O presidente chileno mudou os chefes de cinco ministérios.
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Na Secretaria-Geral da Presidência, Boric retirou o Giorgio Jackson e nomeou a advogada Ana Lya Uriarte, do Partido Socialista e que foi ministra do Meio Ambiente e chefe do gabinete presidencial no governo de Michelle Bachelet. Ela estava, no atual governo, como chefe de gabinete do Ministério do Interior.
Jackson, que saiu da Secretaria-Geral, foi o principal culpabilizado pela derrota da Constituinte, sendo acusado de falta de diálogo com o Congresso. Ele foi para o Ministério do Desenvolvimento Social, no lugar de Jeannette Vega, que havia pedido a renúncia no fim de agosto após a descoberta de que uma assessora teria entrado em contato com uma liderança radical mapuche.
A pasta também é um foco de crise, visto que o governo Boric, prolongando a intervenção militar na região centro-sul do país decretada em 2021, aprofundou a crise com os indígenas mapuches.
No Ministério do Interior, outra pasta em crise, devido a intensa repressão realizada pelo governo contra as recentes manifestações, saiu Izkia Siches e entrou Carolina Tohá, do Partido pela Democracia, ex-ministra do governo Bachelet e ex-prefeita de Santiago. No Chile, o ministro do Interior é quem está na fila de sucessão do presidente.
Também houve mudanças na Saúde, saindo a pediatra Begoña Sarza, entrando a epidemiologista Ximena Aguilera; na Energia, saindo o engenheiro Claudio Huepe e entrando Diego Pardow, que estava na assessoria da Presidência e foi o coordenador do programa de governo de Boric; e na Ciência e Tecnologia, entrando a química Silvia Diaz no lugar do biólogo Flavio Salazar.
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