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Claudia Sheinbaum denuncia investigação contra Gustavo Petro como 'tentativa de golpe' na Colômbia

Presidente do México expressou solidariedade ao líder colombiano e criticou ação da Comissão Nacional Eleitoral que investiga gastos de campanha de 2022

Claudia Sheinbaum (Foto: Reuters/Raquel Cunha)

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247 - A presidente do México, Claudia Sheinbaum, demonstrou solidariedade a Gustavo Petro, presidente da Colômbia, que enfrenta uma investigação por supostas irregularidades nos gastos de sua campanha eleitoral em 2022. A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) colombiana aprovou a abertura do processo, alegando que Petro ultrapassou os limites econômicos estabelecidos durante a campanha que o levou à presidência.

"Quero tornar pública e evidente a nossa solidariedade ao presidente [Gustavo] Petro. O Conselho Nacional Eleitoral, dois anos depois da eleição [presidencial colombiana], abre uma investigação sobre despesas de campanha e, ontem, [o presidente do país sul-americano] chama-a de golpe de Estado", declarou Sheinbaum, reforçando sua posição crítica em relação ao que considera uma tentativa de desestabilização do governo colombiano, segundo a Sputnik.

Ainda de acordo com a reportagem, a chefe de Estado mexicana afirmou que a investigação está sendo conduzida "à margem das leis colombianas" e que "Petro é, praticamente, o único presidente progressista da Colômbia". "Sempre [daremos] nosso apoio e solidariedade quando houver injustiça. Faz parte da nossa política", enfatizou.

A investigação contra Petro foi aprovada com sete votos favoráveis e dois contrários pelo CNE colombiano. O processo se concentra nos gastos de campanha de Petro, que substituiu Iván Duque na presidência, e inclui acusações contra a campanha presidencial do primeiro e segundo turnos da Coalizão do Pacto Histórico.

Entre os investigados estão, além de Petro, Ricardo Roa Barragán, gerente da campanha, e outros responsáveis pelo gerenciamento financeiro e auditoria, como Lucy Aydee Mogollón Alfonso, María Lucy Soto Caro e Juan Carlos Lemus Gómez. O movimento político Colômbia Humana e o partido União Patriótica (UP) também são alvos do processo, que apura a suposta violação do regime de financiamento de campanhas eleitorais.

Apesar das acusações, o jornal El Colombiano esclareceu que se trata de um processo administrativo, o que impede a destituição de Petro do cargo, uma prerrogativa exclusiva do Congresso colombiano. Caso as irregularidades sejam confirmadas, multas poderão ser aplicadas aos envolvidos na gestão da campanha.

No entanto, Gustavo Petro não deixou de criticar o processo, afirmando que a investigação representa um "golpe ao estilo colombiano". Para o presidente, a ação é o primeiro passo para tentar removê-lo do poder utilizando instituições estatais.

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