Congresso peruano debate voto de confiança ao Ministério e adia debate sobre afastamento de Pedro Castillo
Vacância do cargo de presidente só será debatida na quinta-feira
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Da Agência Regional de Notícias - O Congresso do Peru continua debatendo o voto de confiança ao gabinete ministerial encabeçado por Aníbal Torres e proposto pelo presidente Pedro Castillo.
Torres apresentou o plano de governo do gabinete, defendeu a gestão chefiada por Castillo e pediu a confiança dos parlamentares. Ao mesmo tempo, fora do Congresso, milhares de pessoas a favor e contra Castillo se manifestaram e até entraram em confronto com a polícia.
As denúncias, as acusações de corrupção, a idoneidade dos ministros, bem como a estabilidade do governo fizeram parte da sessão parlamentar, enquanto os partidários de Castillo pediram o fechamento do Congresso.
Nesta segunda-feira (7), Castillo estava confiante em alcançar a maioria necessária para a ratificação de seu gabinete, apesar de um "pequeno grupo" de legisladores que "seguem sua própria agenda".
"Estamos esperando que o Congresso também fique do lado do povo", disse o chefe de Estado, em declarações televisivas na segunda-feira à noite.
O Conselho de Ministros presidido por Torres, o quarto desde a posse de Castillo, precisa do apoio de 66 parlamentares para obter um voto de confiança. Caso contrário, Castillo terá que nomear um novo gabinete cuja composição possa ser mantida, com exceção do primeiro-ministro Torres.
O governo conta com o apoio do partido Peru Libre e seus aliados Peru Democrático e Somos Peru, que somam 44 votos. Os 47 votos contrários já confirmados são os do Fuerza Popular, partido liderado pela ex-candidata presidencial Keiko Fujimori, do Avanza País, da Renovação Popular e do Partido Roxo.
As decisões tomadas pela Ação Popular e pela Aliança para o Progresso podem fazer pender a balança, como já aconteceu em ocasiões anteriores. Nessas votações, em que o governo obteve sucesso, a decisão desses partidos de deixar seus parlamentares livres para agir gerou incertezas até o último momento.
Por outro lado, nesta terça-feira também foi apresentada uma moção para demitir Castillo. O anúncio foi feito pelo deputado Alejandro Muñante da Renovación Popular (de direita) e apontou que é "uma alternativa para sair da crise política" em que o país se encontra.
Para promover a medida, foram necessárias 26 assinaturas e apresentadas 50. Embora a certa altura se tenha pensado que seriam alcançados os 52 necessários para discutir o tema na sessão parlamentar, o porta-voz do Somos Perú, José Jerí, retirou sua assinatura, o que adiou a discussão para a próxima quinta-feira.
Para efetivar o impeachment, são necessários 87 votos dos 130 na Câmara. Embora o partido no poder esteja longe de ser maioria no Congresso, os blocos de oposição estão divididos em relação à destituição do presidente.
Por outro lado, o Congresso também analisará na quinta-feira se deve retirar a confiança do ministro da Saúde, Hernán Condori, que tomou posse em 8 de fevereiro e foi criticado desde o início tanto pela oposição quanto pela Faculdade de Medicina, sob a alegação de que ele não possui as habilidades mínimas para exercer o cargo.
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