HOME > América Latina

Cuba pede cessar-fogo imediato para acabar com o genocídio em Gaza

Declaração foi feita durante discurso de vice-ministro na Assembleia Geral da ONU

Geraldo Peñalver, vice-ministro cubano das Relações Exteriores (Foto: Prensa Latina )

Prensa Latina - O primeiro vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Gerardo Peñalver, considerou nesa terça-feira (9) o cessar-fogo em Gaza uma prioridade para deter o genocídio de Israel contra a população palestina.

Ao discursar perante a Assembleia Geral, o vice-presidente rejeitou a paralisia do Conselho de Segurança da ONU para exigir o fim do conflito devido ao uso do veto dos Estados Unidos para apoiar o seu principal aliado no Oriente Médio.

Nada justifica o castigo coletivo a que hoje está sujeito o povo palestino, em flagrante violação do Direito Internacional Humanitário, insistiu o representante permanente cubano junto à ONU.

A cumplicidade dos Estados Unidos com Israel é evidente. Não só obstrui a tomada de decisões do Conselho de Segurança, mas também arma e reabastece a máquina de guerra que massacra o povo palestino, denunciou o diplomata.

O abuso do privilégio antidemocrático do veto compromete ainda mais a participação americana no crime, acrescentou.

Peñalver sublinhou a necessidade de um cessar-fogo face às condições catastróficas para a população civil, “caso contrário, a comunidade internacional será uma testemunha inerte do extermínio do povo palestiniano”, alertou.

O vice-ministro cubano condenou os assassinatos de civis, especialmente crianças, mulheres e trabalhadores humanitários da ONU; bombardeios indiscriminados; a destruição de casas, hospitais e infra-estruturas civis; bem como a privação de água, alimentos, eletricidade e serviços de combustível para a população palestina.

Isto, juntamente com os deslocamentos forçados, agrava consideravelmente a precária situação humanitária resultante do bloqueio da Faixa de Gaza, afirmou. 

Ao mesmo tempo, recordou a necessidade urgente de uma solução abrangente, justa e duradoura para o conflito israelo-palestino, baseada na criação de dois Estados.

O diplomata reafirmou a disposição de Cuba de contribuir para os esforços internacionais legítimos para pôr fim à situação atual. 

É hora de agir agora para que a humanidade prevaleça sobre a violência e a barbárie, enfatizou.