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América Latina

Equador: sobe para três o número de mortos em protestos dos indígenas

Há 92 feridos, 94 detidos e quatro desaparecidos desde 13 de junho, segundo a Aliança de Organizações de Direitos Humanos (AODH)

(Foto: REUTERS/Santiago Arcos)
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247 com ARN - Três pessoas morreram e quase cem ficaram feridas em 11 dias de intensos protestos contra o governo do presidente do Equador, Guillermo Lasso, devido ao aumento dos preços dos alimentos e combustíveis.

Na cidade de Tarqui, localizada na cidade andina de Cuenca, uma pessoa morreu na quarta-feira, segundo a Aliança de Organizações de Direitos Humanos (AODH).

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>>> Morre manifestante indígena durante protestos no Equador

Marcelino Villa, de 38 anos, foi encontrado com uma cápsula de gás lacrimogêneo ao seu lado, acrescentou a organização no Twitter. De acordo com um comunicado da polícia, o homem morreu de "cirrose hepática" no "contexto das manifestações".

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A notificação oficial indica ainda que os hematomas que o corpo apresentava, no abdômen e no joelho direito, “seriam de dias atrás”.

De acordo com o balanço feito nesta quinta-feira pela AODH, na segunda e terça-feira morreram mais duas pessoas, havendo 92 feridos, 94 detidos e quatro desaparecidos desde 13 de junho.

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Policiais detidos

O comandante geral da Polícia Nacional, Fausto Salinas, informou que os 18 policiais cujo "desaparecimento" foi denunciado nesta quarta-feira pelo ministro do Interior, Patricio Carrillo, foram encontrados e passam bem, com exceção de dois que permanecem detidos por indígenas comunidades. 

Os dois policiais foram capturados na noite de terça-feira durante confrontos na cidade de Puyo, capital da província de Pastaza, onde manifestantes indígenas incendiaram uma delegacia e um banco, saquearam empresas e atacaram propriedades públicas e privadas.

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A Polícia pediu à Cruz Vermelha Internacional que mediasse com as comunidades locais para confirmar que os dois agentes estão em boas condições, para posteriormente proceder à sua libertação, informou Salinas.

Ministros do Interior e da Defesa ao Parlamento

A bancada da União para a Esperança --do ex-presidente Rafael Correa-- solicitará na sessão desta quinta-feira da Assembleia Nacional a presença do Ministro do Interior, Patricio Carrillo, e da Defesa, Luis Lara, para que informem sobre as intervenções da Polícia Nacional e das Forças Armadas durante a greve nacional.

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Eles também serão convocados pela Comissão de Proteção Integral de Crianças e Adolescentes para informar sobre as medidas adotadas pelo governo para garantir a integridade das crianças no contexto dos protestos.

Enquanto isso, Fernando Villavicencio (Partido Socialista Equatoriano), presidente da Comissão de Fiscalização da Assembleia Nacional, apresentou uma queixa ao Procurador-Geral por rebelião e terrorismo gerados durante a greve. "Pessoas ligadas a estruturas criminosas , membros da assembleia, atores sociais e políticos que financiaram a greve e organizaram o golpe fracassado devem ser investigados", postou Villavicencio em sua conta no Twitter.

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Por que a mobilização?

O motivo desta greve nacional por tempo indeterminado é protestar contra o alto preço dos produtos de primeira necessidade, a precariedade dos hospitais públicos, os preços dos combustíveis, a ausência de créditos para fomentar a produção, entre outros.

Surgiu da mão da  Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador  e de outros 53 grupos, que entenderam que o povo “deveria se levantar depois de esgotadas as instâncias de diálogo com o governo”.

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