CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
América Latina

Governo do Chile apresentará queixa contra líder mapuche que pediu a organização de "resistência armada"

Chamar o uso de armas está "à margem da mesa de negociações", considerou a ministra do Desenvolvimento Social, Jeanette Vega

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Agência Regional de Notícias - O governo vai apresentar queixa contra o líder da Coordenadora Arauco Malleco (CAM), Héctor Llaitul, por "organizar resistência armada" em resposta a um projeto de lei para criar um "estado de exceção intermediário" a ser decretado no sul do país .

A Ministra de Desenvolvimento Social e Família do Chile, Jeanette Vega, indicou que qualificando o uso de armas como "marginal da mesa de negociação e diálogo" e destacou, em entrevista à CNN Chile, que o governo está "disponibilizado para conversar com todos os grupos”, mas nesse caso não é possível. "Como vamos falar com tiros?", questionou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Apelo à resistência armada

Héctor Llaitul convocou esta quarta-feira para gerar "resistência armada" às medidas propostas pelo governo para o sul do país. "O estado intermediário nada mais é do que um novo estado de exceção. Ou seja: os capangas militares mais uma vez mobilizados pelo Wallmapu [território mapuche] guardando os interesses do grande capital", assegurou à mídia local Werkén.

O líder mapuche disse que é hora de "preparar forças" e organizar "resistência armada (...) pela autonomia" da "nação" mapuche. Nesta sexta-feira, pelo menos 20 veículos apareceram queimados após um ataque reivindicado pelo CAM na província de Cautín, na região de Araucanía, no sul do país.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O CAM é uma das organizações com maior presença nos movimentos autônomos dos Mapuche.

Estado intermediário

Está marcada para esta segunda-feira uma sessão da Comissão Mista, composta por deputados e senadores, para dar início ao estudo da tramitação do "Estado Intermédio" proposto pelo Executivo para permitir às Forças Armadas assegurar as rotas, mas sob direcção civil e sem limites de direitos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Desde sua posse, o governo tem enfrentado sucessivos protestos de transportadoras que reclamam da falta de segurança nas rotas do país. Nesse contexto, Boric anunciou um projeto de criação de estados de emergência “intermediários” que permitiriam “as forças militares realizarem tarefas de proteção, por exemplo, de rodovias”.

O senador da Democracia Cristã Ignacio Walker confirmou a suspensão da sessão. "Fizemos isso com a convicção de que precisamos de mais espaço, mais tempo para chegar a um grande acordo", argumentou em declarações ao jornal El Mostrador.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Alguns setores do governo têm dúvidas sobre o uso das Forças Armadas para tarefas de segurança interna. O deputado do Partido Comunista Matías Ramírez indicou: "temos que avançar na refundação de Carabineros, na lei de inteligência, na lei de controle de armas e também na lei de lavagem de dinheiro, que nos permite perseguir o dinheiro de gangues criminosas, acreditamos que são iniciativas muito mais eficazes do que entrar para propor um estado intermediário”.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO