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Governo do Peru diz que parlamentares "não reconheceram o triunfo de Pedro Castillo"

Castillo pediu para ir ao Congresso na próxima semana e o chefe de gabinete garantiu que "provavelmente haverá algumas surpresas"

Governo do Peru diz que parlamentares "não reconheceram o triunfo de Pedro Castillo" (Foto: Twitter/Congreso del Peru)

Agência Regional de Notícias - Após o pedido de vaga presidencial no Peru, o chefe de gabinete, Aníbal Torres, disse que "o presidente não está constantemente enfrentando o Congresso, o confronto vem do outro lado porque eles não reconheceram a vitória de Pedro Castillo".

O presidente do Conselho de Ministros assegurou que os parlamentares "desde o primeiro dia em que [Castillo] foi proclamado presidente já estão pensando em como derrubá-lo", disse em entrevista à rádio peruana RPP Noticias.

Castillo, que foi professor rural e dirigente sindical, assumiu a presidência em julho de 2021 e desde então mantém relações tensas com o Legislativo e com o partido no poder. Após a mudança de comando, Torres foi nomeado ministro da Justiça, mas em fevereiro foi nomeado chefe de ministros, quando Castillo apresentou seu quarto gabinete em menos de um ano no cargo.

"A insegurança política está nos causando muitos danos, está afetando economicamente o país e não é apenas uma insegurança deste regime, mas vem de mais de cinco anos", disse o ex-chefe de Justiça.

Vaga presidencial

Na quinta-feira (10) foi apresentada uma moção que pede "declarar a incapacidade moral permanente" do presidente. A moção foi assinada por 49 parlamentares que pertencem aos grupos de oposição Renovación Popular, Fuerza Popular, Somos Perú, Avanza País, Podemos Perú e Alianza Para el Progreso, e será tratada na próxima segunda-feira.

Em resposta, Torres indicou que "o que ele exigiria dos vagos é que apresentem pelo menos uma prova de que o presidente recebeu algo irregular, propina. Que não se baseiem apenas no que a mídia diz", ele apontou.

Para realizar o impeachment do presidente são necessários 87 votos dos 130 da Câmara. Embora o partido no poder esteja longe de ser maioria no Congresso, as bancadas da oposição estão divididas em relação à vaga de Castillo.

Nesta sexta-feira (11), o presidente peruano pediu para comparecer à sessão plenária do Congresso na próxima terça-feira, 15 de março. Sobre a possível visita, o primeiro-ministro garantiu que "o presidente vai explicar o que foi feito até agora, o que vai ser feito e provavelmente haverá algumas surpresas".

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