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América Latina

López Obrador reitera proposta de asilo político a Julian Assange

"Oferecemos asilo e somos a favor de sua libertação porque ele é perseguido politicamente", disse o presidente do México

(Foto: REUTERS)
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ARN - O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), reiterou nesta quinta-feira sua proposta de asilo político ao jornalista e ativista australiano Julian Assange, que está em prisão preventiva em Londres, na Inglaterra, aguardando extradição para os Estados Unidos. que quer julgá-lo pelas revelações de informações oficiais através do WikiLeaks.

Em sua conferência da manhã, AMLO destacou: "houve comunicação com o Ministério das Relações Exteriores e sim, oferecemos asilo e somos a favor de sua libertação, porque ele é perseguido politicamente". “Deviam dar-lhe a liberdade e (...) ele poderia ter asilo em nosso país. Essa é a nossa posição”, comentou o presidente.

AMLO descreveu como "uma pena" que Assange seja detido por divulgar informações, "porque nessa informação há atos de corrupção, crimes cometidos entre governos e tudo o que a elite realiza em segredo", acrescentou.

Em janeiro deste ano AMLO revelou que antes de Donald Trump deixar a presidência dos Estados Unidos, em janeiro de 2021, ele lhe enviou uma carta pedindo que "perdoasse" Assange, mas não obteve resposta.

Em 2012, o jornalista se refugiou na Embaixada do Equador em Londres, mas em 2019 foi preso em cumprimento a uma ordem judicial vinculada ao pedido de extradição dos Estados Unidos, depois que o Equador retirou seu status de asilo.

Em 20 de abril deste ano, a justiça britânica autorizou formalmente a extradição de Assange para os Estados Unidos, mas a execução aguarda a assinatura da ministra do Interior britânica, Priti Patel. Cabe apelação.

Na semana passada, quase 300 pessoas se manifestaram em Londres para exigir que o governo britânico negue a extradição do jornalista, que é apoiado por pelo menos 20 organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa.

Apoio de ex-presidentes

Personalidades como Luiz Inácio Lula da Silva ou Dilma Rousseff, ex-presidentes do Brasil, Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia, Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai e os juristas Adoración Guamán e Baltasar Garzón, assinaram em dezembro do ano passado uma declaração do Grupo de Puebla e do Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia exigindo a liberdade de Assange.

"A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que permite a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, não é apenas um grave erro judicial que coloca em risco sua vida, como afirmam seus advogados de defesa, mas é uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação", diz a carta.

Além disso, os signatários apontaram o paradoxo de que a ação do WikiLeaks, em vez de ser aplaudida, "desencadeou uma série de punições que incluem a acusação, difamação, desmoralização, estigmatização e criminalização de Assange. Esse processo de humilhação e difamação definitivamente transcende um indivíduo, para se tornar um corretivo em nível internacional, mostrando passo a passo a crueldade que o sistema instituído pode atingir, para impedir que alguém ouse fazer algo semelhante. Em última análise, procura paralisar o instinto e o direito de buscar a verdade, incutindo medo".

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Por fim, afirmavam que "a liberdade de Assange é a liberdade de todos. A prisão de Assange é o triunfo da opressão, do silêncio e do medo".

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