Movimentos sociais argentinos realizam 8ª Marcha pela Soberania
Movimentos sociais protestam contra decisão de Milei de liberar compra de terras por estrangeiros
Prensa Latina - Membros de organizações sociais, políticas e sindicais da Argentina tentarão hoje acessar a Estrada Tacuifí para chegar ao Lago Escondido, na província de Río Negro, como parte da oitava Marcha pela Soberania.
Esta mobilização visa condenar a permanência de um enclave britânico e as irregularidades cometidas naquele local, propriedade do magnata do Reino Unido Joe Lewis.
Além de rejeitar a ocupação daquele território e o bloqueio do acesso aos espaços naturais, os participantes da iniciativa manifestarão seu desacordo com a decisão do presidente Javier Milei de revogar, por meio de decreto, a Lei 26.737, denominada Regime Nacional de Proteção ao Domínio sobre a Propriedade, Posse ou Posse de Terras Rurais.
Este regulamento limitou a compra de terras por cidadãos estrangeiros e a sua eliminação foi fortemente criticada por ser prejudicial à integridade desta nação.
Entre os grupos que estarão representados na marcha estão a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), a Federação Territorial Nacional, as Centrais Operárias da Argentina-Autônoma, o Movimento Somos Barrios de Pie, a Frente Popular Darío Santillán e a Corriente Combative classista.
Em 2023, os manifestantes foram atacados por funcionários do magnata britânico.
“A apropriação ilegal de milhares de hectares de terra e de um lago na zona fronteiriça por Lewis prejudica gravemente a soberania do nosso país. Esta marcha faz mais sentido do que nunca para defender os interesses nacionais. Não nos deixemos intimidar por bilionários que lá fora são criminosos e aqui pensam que são os grandes senhores”, disse o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar.
Além disso, denunciou as intenções do governo de “beneficiar grupos econômicos transnacionais, aprofundando o processo de estrangeirização das terras e de pilhagem dos recursos naturais”.
