Quase 6 milhões de cubanos participam de referendo sobre novo código familiar
A nova legislação, se aprovada, colocará Cuba na vanguarda do movimento por políticas sociais inclusivas na América Latina
247 - A presidente do Conselho Nacional Eleitoral de Cuba, Alina Balseiro, disse à imprensa que até às 17h00 locais, 5.806.078 cidadãos tinham votado no referendo sobre o novo código familiar, cerca de 69% dos eleitores convocados a votar.
A nova legislação, se aprovada, colocará Cuba na vanguarda do movimento por políticas sociais inclusivas na América Latina. O texto substituiria o código vigente desde 1976, e introduziria novos conceitos no campo do direito familiar, legalizando o casamento entre pessoas do mesmo sexo e as uniões civis, permitindo que casais do mesmo sexo adotem crianças e promovendo a partilha igualitária de direitos e responsabilidades domésticas entre homens e mulheres.
Na última semana de campanha, o governo inundou as mídias com mensagens pró-igualdade, e o presidente Miguel Díaz-Canel pediu aos cubanos que votem sim "a favor da democracia". No entanto, líderes de igrejas católicas e evangélicas criticam as propostas.
Antes de ser submetido ao escrutínio público, o novo código foi amplamente debatido em consultas populares e sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular.
A legislação entrará em vigor se atingir 50% mais um dos votos válidos.
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