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Wadih Damous

Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro

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2018 começa com aumento da publicidade opressiva pela condenação de Lula

"Como há muito mandou às favas quaisquer resquícios de apego às premissas básicas e comezinhas do bom jornalismo, o cartel da mídia, num movimento de manada, desce a detalhes processuais na sua pressão para inabilitar Lula e alijá-lo das eleições deste ano, como por exemplo sua campanha para que a decisão do TRF-4 seja por unanimidade, ou seja, por três a zero", diz o deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-RJ, sobre a caçada judicial e midiática contra o ex-presidente Lula

O ex-presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva fala durante evento em Brasília, no Brasil 19/11/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Wadih Damous)
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Não que isso constitua qualquer novidade, afinal Lula é atacado ferozmente pela mídia monopolista há 40 anos. A aproximação, contudo, do julgamento do recurso interposto no TRF-4 pela defesa do ex-presidente, marcado para o próximo dia 24, fez com que Globo, Folha, Veja, Estadão e congêneres abrissem o ano novo lançando mão de pesada artilharia pela confirmação de sua condenação em 2ª Instância.

Os dublês de jornalistas e sabujos das famílias de bilionários que controlam as plataformas de comunicação do país não se pejam em, nas suas colunas de jornal e comentários radiofônicos e televisivos, pressionar os juízes do TRF-4 a confirmarem a sentença de 1º grau, em consonância com os interesses políticos e comerciais de seus patrões.

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Em diversos países europeus, inúmeros processos ao longo da história foram anulados porque cortes superiores chegaram à conclusão de que este tipo de publicidade opressiva por parte da mídia influenciou os resultados dos julgamentos, o que é expressamente vedado pelas legislações de praticamente todas as democracias avançadas ao redor do planeta.

Como há muito mandou às favas quaisquer resquícios de apego às premissas básicas e comezinhas do bom jornalismo, o cartel da mídia, num movimento de manada, desce a detalhes processuais na sua pressão para inabilitar Lula e alijá-lo das eleições deste ano, como por exemplo sua campanha para que a decisão do TRF-4 seja por unanimidade, ou seja, por três a zero.

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Isso porque se a decisão não for unânime, a defesa de Lula pode apelar para a apresentação de embargos infringentes, os quais normalmente consomem mais tempo para serem julgados se comparados aos chamados embargos declaratórios, cuja tramitação e apreciação são mais céleres.

A que ponto chegamos na marcha batida rumo às trevas imposta pelo  estado de exceção vivido pelo país: uma imprensa partidarizada e venal se julga no direito de conduzir um processo judicial, ao cobrar dos magistrados não só o mérito da sentença condenatória, mas também o placar que implique em caminhos mais tortuosos para a defesa e mais à feição de seus aliados políticos.

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O site de notícias “Antagonista”, de conhecidas posições protofascistas e ferrenho defensor dos abusos da Lava Jato, se superou em termos de mau-caratismo ao publicar matéria dando conta de que um dos desembargadores estaria sendo pressionado para absolver Lula em troca de uma promoção para o STJ. Os covardes que editam o site só não foram capazes de apontar os responsáveis pela pressão.

Na verdade, os protagonistas da perseguição mais vil sofrida por um político brasileiro, que se encontram na mídia e entre agentes públicos do Estado, enfrentam um angustiante dilema. A esta altura, às vésperas da consumação do golpe dentro do golpe, eles não contavam que Lula estivesse na dianteira de todas as pesquisas eleitorais e cada vez mais ovacionado pelo povo por onde passa com suas caravanas da esperança.

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Daí esse vale tudo para bani-lo da vida pública. Os inimigos da soberania popular, que apoiam ou naturalizam a brutal distorção dos valores republicanos que significa o poder Judiciário decidir quem pode e quem não pode ser candidato à presidência da República, não perdem por esperar. Se querem, irresponsavelmente, transformar o país num barril de pólvora, saibam que milhões de brasileiros e brasileiras estão dispostos a lutar pela democracia.

 Porto Alegre nos aguarda.

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