A abolição, o genocídio do povo negro e o racismo nas favelas
A Lei anti drogas é racista pois a maioria dos juízes consideram os jovens brancos usuários e os jovens negros como traficantes mesmo usando a mesma quantidade de entorpecentes. Precisamos mudar essa Lei. O programa anticrime no ministro Sérgio Moro é uma licença para a polícia matar
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Após cerca de 350 anos de escravidão - um crime contra a humanidade - em 1888 foi abolido o regime escravocrata no Brasil.
350 anos de opressão, marginalização e exclusão do povo negro de todos os benefícios e riquezas geradas por este regime desumano.
Mas por outro lado, um profundo movimento de resistência negra se deu desde a chegada dos primeiros africanos no país.
O Quilombo dos Palmares resistiu durante quase 100 anos e nos legou o grande líder Zumbi dos Palmares e sua companheira Dandara.
Na Bahia ocorreu em 1835 à Revolta dos Malês, liderada por Luíza Mahin e seus companheiros de armas e resistência.
Luíza Mahin era mãe de Luiz Gama o grande abolicionista que era auto didata em direito pois foi proibido de ingressar na faculdade por ser negro.
Seu conhecimento jurídico lhe propiciou defender e libertar dezenas de seres humanos escravizadxs.
No ano de 2015 após cerca de 133 anos de seu óbito foi reconhecido advogado pós morten pelo Conselho Federal da OAB.
A escravidão negra foi um verdadeiro genocídio contra a juventude negra africana e que continua até os dias de hoje através do extermínio da juventude negra e pobre nas favelas e periferias por uma política governamental de segurança pública que penaliza a juventude negra e pobre ao invés de atacar os verdadeiros responsáveis pelo caos na segurança pública em nosso estado e no país.
Basta de racismo e violação de direitos nas favelas.
A guerra as drogas é na verdade uma guerra à juventude negra.
As favelas não produzem drogas e nem armamento.
Os grandes traficantes não moram nas favelas.
E as polícias não entram nos condomínios de luxo sem uma ordem judicial.
É preciso um projeto público e governamental que leve educação, saúde, esporte, lazer, cursos pré-vestibulares e técnicos para as favelas.
O Brasil tem cerca de 800 mil pressos, a quarta população carcerária do mundo.
Cerca de 40% , ou seja, 320 mil pressos são provisórios não foram condenados.
Somente cerca de 13% estão presos por homicídio.
A Lei anti drogas é racista pois a maioria dos juízes consideram os jovens brancos usuários e os jovens negros como traficantes mesmo usando a mesma quantidade de entorpecentes.
Precisamos mudar essa Lei.
O programa anticrime no ministro Sérgio Moro é uma licença para a polícia matar.
O excludente de ilicitude é uma licença para a execução policial, é uma sinalização que a polícia pode executar pessoas sem qualquer limite.
De acordo com o último balanço da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, a polícia matou 434 pessoas em confronto no primeiro trimestre de 2019.
As mais de 400 mortes é o maior número registrado desde 1998.
O Conselho Nacional dos Direitos Humanos, enviou à procuradora-geral da República representação do Conselho para apurar o discurso de ódio proferido pelo governador Wilson Witzel, que incita o uso desproporcional da força e desrespeita preceitos fundamentais como o direito à vida e à presunção de inocência. *
O uso de Snipers significa uma política de extermínio inadmissível no estado de direito.
O Ministério Público e o Poder Judiciário precisam se posicionar sobre estas execuções sumárias.
Precisamos acabar com o Racismo Institucional.
Vidas Negras Importam.
Racismo é Crime.
Reaja à Violência Racial e Policial.
* Resolução do CNDH.
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