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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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A armação do outro cabo

Para o jornalista Moisés Mendes, "a CPI caiu numa armação, que pode ter sido providenciada às pressas, para reverter os estragos da denúncia de propina. Dominghetti levou o cavalo, a boiada e a cachorrada de Tróia para dentro da CPI. Vem aí a grande batalha dos milicianos da vacina"

Dominguetti e Bolsonaro (Foto: Pedro França /Agência Senado | Isac Nóbrega/PR)
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Por Moisés Mendes, para o Jornalistas pela Democracia 

Em julho de 2018, Eduardo Bolsonaro apresentou ao país, num blefe, um cabo imaginário que, com um soldado, e sem precisar de um jipe, poderia fechar o Supremo.

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Temos hoje um personagem improvável. Paulo Dominguetti Pereira, o representante da Davati Medical, é cabo da Polícia Militar de Minas.

Temos um cabo real, sem jipe, saído não se sabe de onde, com uma denúncia de propina, que parecia contribuir para a queda de Bolsonaro e que na CPI atira agora na direção dos irmãos Miranda, acusados por ele, com o uso de um áudio com a voz do deputado Luís Miranda, de serem atravessadores de vacina.

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Dominghetti é o cabo que pode dar certo. O sujeito está claramente a serviço de Bolsonaro, para desqualificar a denúncia dos irmãos Miranda sobre a Covaxin e provocar uma grande confusão na CPI. E chegamos à guerra de facções das máfias da vacina.

A tática pode ser esta. O cabo atira nos pedintes de propina, atinge todos os que estiverem por perto, mas livra Bolsonaro.

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Bolsonaro transfere culpas para os indicados por Ricardo Barros, fere alguns coronéis de Pazuello, mas sai livre. E ainda desmonta a reputação dos irmãos Miranda.

Claro que todo o Congresso sabe que o deputado Luís Miranda não é santo. É um delator, e não há santos entre delatores.

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Mas agora o cabo tenta comprometer o irmão do deputado, o servidor Luis Ricardo Miranda, nos rolos das compras de vacina.

O cabo mineiro atraiu até Flavio Bolsonaro para a sala da CPI. A tropa de choque da extrema direita está alvoraçada.

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Alguém acreditava que um cabo da PM poderia conspirar contra Bolsonaro?

O governo pode estar começando a reagir, jogando parte da carga ao mar. Já são suficientes as evidências de que o cabo está prestando serviços ao governo, e não mais à Davati, se é que um dia prestou.

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A CPI caiu numa armação, que pode ter sido providenciada às pressas, para reverter os estragos da denúncia de propina.

Dominghetti levou o cavalo, a boiada e a cachorrada de Tróia para dentro da CPI. Vem aí a grande batalha dos milicianos da vacina.

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