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Paulo Moreira Leite

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A Caixa luta e resiste - como faz há 157 anos

"A mudança mais grave já saiu do horizonte mas as ameaças continuam", afirma Jair Ferreira, presidente da FENAE, entidade que lidera a resistência contra os projetos de privatização da Caixa alimentados pelo governo Temer-Meirelles, em entrevista a Paulo Moreira Leite, articulista do 247; para PML, "depois de derrubar duas tentativas que abriam caminho direto para a entrega da instituição ao mercado, as entidades envolvidas na defesa da Caixa como instituição 100% pública, fundada em 1861 por Pedro II, irão enfrentar pressões cotidianas para quebrar uma entidade que cumpre uma função com poucos equivalentes no mercado financeiro: retribuir, em serviços socialmente necessários, os recursos que os clientes depositam em seus cofres"  

"A mudança mais grave já saiu do horizonte mas as ameaças continuam", afirma Jair Ferreira, presidente da FENAE, entidade que lidera a resistência contra os projetos de privatização da Caixa alimentados pelo governo Temer-Meirelles, em entrevista a Paulo Moreira Leite, articulista do 247; para PML, "depois de derrubar duas tentativas que abriam caminho direto para a entrega da instituição ao mercado, as entidades envolvidas na defesa da Caixa como instituição 100% pública, fundada em 1861 por Pedro II, irão enfrentar pressões cotidianas para quebrar uma entidade que cumpre uma função com poucos equivalentes no mercado financeiro: retribuir, em serviços socialmente necessários, os recursos que os clientes depositam em seus cofres"   (Foto: Paulo Moreira Leite)
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      Embora a resistência de funcionários da Caixa tenha sido capaz de entrar em 2018 com duas vitórias acumuladas contra esforço permanente de Temer-Meirelles pelo enfraquecimento da instituição, a luta continua.

    Neste ano eleitoral, as dezenas de entidades que organizam a campanha "Defenda a Caixa você também" irá se mobilizar junto a eleitores e candidatos. Estão sendo preparadas inserções em rádios e vídeos de personalidades em defesa do papel histórico da instituição. Os candidatos em todos os níveis -- presidente da República e governador, senadores e deputados -- serão convidados a assinar uma carta compromisso em defesa da Caixa.  

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    "A mudança mais grave já saiu do horizonte mas a ameaça continua," afirma Jair Pedro Ferreira, presidente da FENAE (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), entidade que lidera a resistência. 

    Não custa recordar. Graças a um acordo no Senado, em 2016 caiu a cláusula da Lei das Estatais assinada por Michel Temer que obrigava todas empresas públicas -- inclusive a Caixa --  a se transformar em Sociedades Anônimas, o que seria uma avenida escancarada para a privatização.

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    Num segundo movimento, sob estímulo direto do Ministério da Fazenda, tentou-se uma reprise da mesma operação por via interna: transformar a Caixa em S. A. por decisão do Conselho de Administração. No final de um conflito encarniçado, no qual a representante dos funcionários Maria Rita Serrano teve um papel reconhecido, a proposta privatizante foi derrubada, garantindo que a Caixa fosse mantida como seu perfil de empresa 100% pública, à imagem e semelhança da instituição fundada pelo imperador Dom Pedro II há 157 anos.

    Apesar disso, o cotidiano de hoje alimenta uma paisagem de antagonismos. De um lado, o esforço permanente de funcionários e lideranças ligadas ao movimento popular e centrais sindicais, para defender a Caixa como uma instituição que cumpre uma função social reconhecida -- responsável, entre outras coisas, pelo crédito que colocou de pé mais de 60% das habitações do país, sem falar na administração de todas as etapas do Bolsa Família. De outro, a pressão do governo Temer, em particular do Ministério da Fazenda de Henrique Meirelles, que, fiel às noções do Estado Mínimo, procura abrir todos os caminhos ao alcance da mão para enfraquecer a instituição, como estratégia de avançar um curso privatizante de qualquer maneira.

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   No patamar financeiro, tenta-se impedir que a Caixa, uma das quatro maiores instituições financeiras do país sob qualquer critério, possa capitalizar-se de acordo com os lucros que, contrariando o lugar comum neo-liberal, é capaz de acumular em sua atividade. No plano operacional, a receita é diminuir o número de agências -- para entregar fatias do mercado aos concorrentes privados -- e evitar a reposição de funcionários que se aposentam, o que dificulta o atendimento. No plano político, a escola é a Lava Jato. Consiste em alimentar escândalos midiáticos que, mesmo quando envolvem casos reais que devem ser investigados a fundo, são utilizados para tentar derrubar uma instituição que cumpre uma função com poucos equivalentes no mercado financeiro -- retribuir, em serviços socialmente necessários, os recursos que os clientes depositam em seus cofres.   

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