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Cesar Calejon

Jornalista, mestre em Mudança Social e Participação Política pela USP com especialização (MBA) em Relações Internacionais pela FGV. Autor dos livros A ascensão do bolsonarismo no Brasil do Século XXI, Tempestade Perfeita: o bolsonarismo e a sindemia covid-19 no Brasil e Sobre Perdas e Danos: negacionismo, lawfare e neofascismo no Brasil

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A campanha de Lula e a importância da figura materna

Lula | Dona Lindu (Foto: Ricardo Stuckert | Dona Lindu)
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Por Cesar Calejon, para o 247

A última pesquisa Datafolha, que aponta possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 54% dos votos válidos ainda no primeiro turno, demonstrou, enfaticamente, que as adequações feitas pela campanha do ex-presidente surtiram efeitos incontestáveis. 

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Muitos aspectos podem ser considerados para explicar o sucesso da campanha de Lula: a indicação de Geraldo Alckmin para a chapa, a formação da federação partidária entre PT, PSB, PV e PcdoB, o apoio de figuras importantes do PSOL e de outros partidos que se identificam com as pautas progressistas, mas, sobretudo, a habilidade de Lula de se comunicar com a população de forma mais ampla e parte do empresariado nacional. 

Contudo, a meu ver, existe um aspecto fulcral que sensibiliza todas as parcelas da nação brasileira, fundamentalmente: a figura materna. Neste caso, especificamente a história da sertaneja Eurídice Ferreira de Melo, a Dona Lindu. 

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A história da mãe de Lula representa a luta de todas as brasileiras e brasileiros que brigam para sobreviver, ou seja, da ampla maioria da população nacional, mas também tem potencial para tocar as mentes e os corações da classe média e da alta burguesia nacional, em alguma medida. 

Em última análise, apesar de não sentirem o peso da fome, da violência mais aguda e da miséria, essas pessoas também têm mães que fizeram força, literalmente, a partir dos seus respectivos partos.  

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A história de Dona Lindu, que se inicia no cenário desolador da seca no agreste pernambucano, quando, em 1952, ela deixou para trás a fome, a miséria e a morte, representa a antítese de todas essas dimensões que o bolsonarismo avança.  

Durante quase duas semanas, Dona Lindu conduziu a sua família pelo Brasil de carona em um caminhão de pau-de-arara até Santos, no litoral de São Paulo. Durante a vida, ela lutou contra a fome, a miséria, a violência do companheiro e tantas outras mazelas que atingem milhões de cidadãos brasileiros de diferentes orientações religiosas, profissões distintas e das mais variadas classes sociais também. 

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No embate que se seguirá ao longo dos próximos meses, a força da história de Dona Lindu, que faleceu em 1980, será de suma importância para derrotar o neofascismo brasileiro ainda no primeiro turno. 

O povo brasileiro – principalmente as camadas mais empobrecidas e jovens da nossa população – precisa conhecer a batalha de uma mulher que lutou contra o modelo de sociabilidade que geraria o bolsonarismo décadas mais tarde. Ela venceu naquela ocasião e vencerá novamente em 2022.

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