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Daniel Samam

Daniel Samam é Músico, Educador e Editor do Blog de Canhota. Está Coordenador do Núcleo Celso Furtado (PT-RJ), está membro do Instituto Casa Grande (ICG) e está membro do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT).

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A centralidade da pauta democrática na conjuntura fascistizante

O Brasil tem uma cultura autoritária. Um autoritarismo difuso, do baixo clero. O do “guarda da esquina”. Por isso é fundamental que não se disfarce de normalidade aquilo que em democracias não é normal e que possamos colocar a pauta democrática à frente de todas as outras

(Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)
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Entramos no ano de 2020 com o quadro político inalterado. As últimas pesquisas de avaliação do governo federal de 2019 convergiram para um “ótimo/bom” pouco abaixo de um terço, um “regular” na mesma proporção e um “ruim/péssimo” levemente acima de um terço.

Ou seja, a coalizão social que elegeu Bolsonaro está íntegra, mantendo fiel o eleitor do primeiro turno. O problema é que a centro-esquerda e a centro-direita insistem na ilusão de confundir o ruído das disputas internas do bolsonarismo com sinais de desmoronamento do governo.

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Agora, vejamos. Na pesquisa VEJA/FSB aparece que a maioria dos eleitores prefere a democracia, mas ao mesmo tempo não excluem a possibilidade (40%) de uma ruptura autoritária no Brasil. O Datafolha, no entanto, revelou que 65% dos entrevistados nunca ouviu falar do Ato Institucional nº 5, o AI-5, apontando também que 62% consideram que a democracia é a melhor forma de governo, que 12% acham a ditadura melhor em certas circunstâncias (??) e 22% acham que, simplesmente, tanto faz.

Talvez, as próximas pesquisas pudessem ir mais a fundo sobre o tema da democracia, pois é possível conter duas visões distintas no imaginário popular, dado o caráter fascistizante da conjuntura: a democracia como é o sistema vigente, de freios e contrapesos. Ou a democracia da eleição direta de um “César”. Ou de um Fuhrer.

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Historicamente, movimentos totalitários tem como tática destruir a democracia por dentro, pela via eleitoral. Para isso, reduzem o processo democrático à realização de eleições e consultas populares.

O Brasil tem uma cultura autoritária. Um autoritarismo difuso, do baixo clero. O do “guarda da esquina”. Por isso é fundamental que não se disfarce de normalidade aquilo que em democracias não é normal e que possamos colocar a pauta democrática à frente de todas as outras.

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