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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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A clandestina Operação Delenda Lula num país em transe

"Na Operação Delenda Lula o acusador e o juiz são a mesma pessoa. Na Operação Delenda Lula ninguém é obrigado a seguir as leis. Na Operação Delenda Lula a ordem é aniquilar o maior líder popular do país. Os sinais dessa operação estão na cara. Na véspera do interrogatório de Lula um juiz de Brasilia – juiz substituto – mandou fechar o Instituto Lula, que fica em São Paulo, por suspeita de que no local teriam sido cometidos crimes", diz o colunista Alex Solnik; "A Operação Delenda Lula é clandestina, mas transcorre sob os olhares complacentes de um país em transe. E somente se viabiliza num regime de exceção. Num parêntesis do estado democrático como esse que estamos vivendo"

lula (Foto: Alex Solnik)
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"Delenda Carthago est" ("Cartago deve ser destruída") é uma frase que ficou célebre depois de ser repetida por Catão nas tribunas da República Romana, no século II a.C., durante os últimos anos das Guerras Púnicas, travadas por Roma contra Cartago.

Ele e outros membros do partido político no poder queriam destruir seus rivais cartaginenses de uma vez por todas porque eles haviam sido derrotados por duas vezes e reconstruíram rapidamente suas defesas após cada derrota militar.

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A ordem, portanto, era aniquilar.

As palavras de Catão ecoam até hoje.

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Está em marcha uma grande operação, centralizada na Lava Jato que tem objetivo semelhante ao de Roma em relação a Cartago: destruir Lula.

“Delenda Lula est”.

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Na Operação Delenda Lula não se condena em razão de provas, mas de convicções.

Na Operação Delenda Lula o acusador e o juiz são a mesma pessoa.

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Na Operação Delenda Lula ninguém é obrigado a seguir as leis.

Na Operação Delenda Lula a ordem é aniquilar o maior líder popular do país.

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Os sinais dessa operação estão na cara.

Às vésperas do interrogatório de Lula o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o ex-diretor da Petrobrás Renato Duque insinuaram que ele teria mandado destruir provas; um juiz de Brasilia – juiz substituto – mandou fechar o Instituto Lula, que fica em São Paulo, por suspeita de que no local teriam sido cometidos crimes.

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No dia do interrogatório foi organizado em Curitiba o maior aparato militar já visto na cidade, mais de 1800 policiais militares em volta do local do interrogatório, para “proteger a população” dos apoiadores de Lula; uma juíza local, militante anti PT proibiu acampamentos.

A Operação Delenda Lula não parou por aí.

Dois dias depois foram liberados os vídeos das delações de João Santana e Mônica Moura, recheadas de acusações sem provas contra Lula e Dilma, mas que envenenam o ambiente já conspurcado, propício a jogá-los na fogueira, gravados em março, mas estrategicamente liberados no momento adequado.

A Operação Delenda Lula é clandestina, mas transcorre sob os olhares complacentes de um país em transe.

E somente se viabiliza num regime de exceção.

Num parêntesis do estado democrático como esse que estamos vivendo.

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