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Carlos Castelo

Jornalista, sócio-fundador do grupo Língua de Trapo, um estilo sem escritor

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A construção

E assim, tudo se extinguiu

(Foto: Juan Vera/PlaygroundAI)
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Não era de hoje: a Terra já estava à beira do abismo. As catástrofes ambientais e climáticas haviam alcançado um nível insuportável, e a extinção do planeta estava cada vez mais próxima.

O aquecimento global havia derretido as calotas polares, causando uma elevação catastrófica do nível do mar. Cidades outrora imponentes, como Nova York e Tóquio, agora eram apenas lembranças submersas nos oceanos. Enquanto isso, a devastação da Amazônia, e outras florestas tropicais, havia turbinado o aquecimento ainda mais, nos lançando em um ciclo vicioso de destruição.

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A erosão do solo e a desertificação transformaram vastas áreas em terrenos áridos e inférteis. A agricultura entrara em colapso, com a escassez de alimentos afetando todas as nações. Consequentemente, conflitos por recursos tornaram-se cada vez mais comuns e intensos.

Nesse quadro apocalíptico, uma tempestade solar sem precedentes atingiu a Terra. Sua força era incomparável a qualquer fenômeno que a humanidade já havia presenciado. As redes elétricas foram completamente arrasadas, mergulhando o mundo em escuridão e caos. Sem energia, a sociedade humana se desintegrou ainda mais, e a anarquia reinou.

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A natureza, em sua fúria, liberou doenças antes desconhecidas e mortais, que se espalharam rapidamente entre a população combalida. Nenhuma cura ou tratamento estava disponível - os sistemas de saúde e as instituições de pesquisa haviam se aniquilado, juntamente com o resto da civilização.

As catástrofes naturais aumentaram em escala e frequência. Furacões devastavam as costas, enquanto terremotos e tsunamis tragavam as poucas áreas habitáveis que restavam. Vulcões, adormecidos há séculos, irrompiam em erupções nefastas, cobrindo os céus com cinzas e enxofre.

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O planeta azul agonizava. Os oceanos, antes cheios de vida, agora eram um caldo de plástico e poluição, sufocando os últimos vestígios de vida marinha. O ar seguia envenenado, e a camada de ozônio, quase inexistente, permitia a entrada de radiação solar letal.

No fim, a Terra sucumbiu ao peso de sua própria destruição. A superfície do astro, antes verde e azul, se tornara um marrom escuro e desolado, marcado pelos vestígios das civilizações extintas.

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E assim, tudo se extinguiu.

Passadas 72 horas do total perecimento terrestre, começou a brotar do solo calcinado uma estrutura sólida. Subiu de maneira quase imperceptível, mas muito célere. Foi se erigindo, edificando, ajeitando no inanimado espaço. Se houvesse algum ser vivo diante daquela singular construção leria, com facilidade, em seu letreiro de cores vivas na fachada: Oxxo. Lê-se "ó-quis-sô.

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