A CPI do Desmatamento
É inadmissível que um Ministério cancele uma operação que cumpriria, cabalmente, uma das obrigações deste ministério, qual seja, a de inibir o crime ambiental
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Por Ariovaldo Ramos
O Ministério do Meio Ambiente, via Diretor de Manejo da ICMbio, cancelou uma operação de combate a crime ambiental na Reserva Biológica do Cachimbo, cuja preparação, que envolveu vários segmentos governamentais de inteligência, levou cerca de um ano.
O fato de essa operação ter sido cancelada pelo Ministério do Meio Ambiente, que favoreceu criminosos, inclusive, um dos mais conhecidos grileiros da região, obriga o legislativo a investigar.
Portanto, urge a instalação de uma CPI do desmatamento.
É inadmissível que um Ministério de Estado cancele uma operação que cumpriria, cabalmente, uma das obrigações deste ministério, qual seja, a de inibir o crime ambiental.
O Ministério do Meio Ambiente já foi acusado de tornar ineficaz todo trabalho de fiscalização ambiental no país, também, tem sobre si acusação de ter dado ensejo a possibilidade de uma legislação que eximiria os exploradores de madeira da licença ambiental.
Na reunião ministerial, cujo vídeo foi visto por milhões de brasileiros, o Ministro do Meio-Ambiente deixou escapar a sugestão de aproveitar a pandemia para fazer passar a boiada, isto é, para levar a cabo todas as medidas de flexibilização da política ambiental que propunha.
Não é possível que tamanha devastação e irresponsabilidade governamental, que beira a cumplicidade com notórios criminosos, passe incólume, sem que, ao menos, haja uma Comissão Parlamentar de Inquérito por parte da Câmara Federal ou do Senado ou mista, para cobrar responsabilidades e, mais, cessar a destruição.
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