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Gilvandro Filho

Jornalista e compositor/letrista, tendo passado por veículos como Jornal do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil, pela revista Veja e pela TV Globo, onde foi comentarista político. Ganhou três Prêmios Esso. Possui dois livros publicados: Bodas de Frevo e “Onde Está meu filho?”

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A CPI não pode deixar passar crimes em branco. Como Nuremberg não deixou

'O enredo desse filme, tristemente, teria como pano de fundo o extermínio de mais de 400 mil de brasileiros e de brasileiras. Afinal, quantas dessas vidas ainda seriam vida, caso o governo federal houvesse sido competente, decente, responsável e minimamente correto na hora que precisou?", questiona Gilvandro Filho

Fabio Wajngarten e Omar Aziz na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
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A simples tentativa, criminosa, de se fraudar a bula da hidroxicloroquina, para mentir que o medicamento era eficaz contra a Covid -19, já seria, de per si, motivo para todos os envolvidos saírem dos seus cargos, todos muito bem pagos, direto para a cadeia. É algo tão inimaginável em um país minimamente sério que foge à lógica do cidadão comum, envergonha, enoja. Pode permear pensamentos de fascistas enrustidos ou contumazes empenhados nos meios, sejam lá quais forem, para atingir seus fins. Mas não pode caber em nenhuma democracia.

A mudança na prescrição da cloroquina é só um dos crimes perpetrados por um grupo marginal e inconsequente que tomou de assalto o País, notadamente no setor de saúde. Como o boicote à vacinação, por exemplo, que levou o Brasil à rabeira do ranking dos países que tratam como deveriam a pandemia provocada pelo corona vírus. Ou o péssimo exemplo das autoridades que deveriam combater o mal, mas que o ampliam, promovendo aglomeração, incitando o (seu) povo a atacar a ciência e o isolamento social. Ou, ainda, quem desestimulou o uso da máscara, chamando-a de “coisa de marica” e que tais, e entra no mesmo recheio desse bolo indigesto e letal.

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Muita coisa ainda virá à tona em toda a sua crueza. A CPI da Covid-19, tão propriamente tratada por “CPI do Genocídio”, está pondo a limpo a matança brasileira, ou tem tudo para fazê-lo. As mentiras já estão sendo desmascaradas. E as chicanas jurídicas dos covardes para não se incriminarem podem e devem cair por terra.

A trama obscena e macabra que envolveu o “ministério paralelo da Saúde”, outra abjeção criada em um governo igualmente abjeto, no sentido de ditar regras na política de saúde, no Brasil, daria um filme. Naturalmente, para ser exibido em horário impróprio a crianças e com recomendação contrária a hipertensos. Nada mais imoral e violento. Pior, mas muito pior, que filmes que tinham como personagens o médico Joseph Mengele e outros expoentes da tropa de médicos e cientistas a serviço do Terceiro Heich, na Alemanha nazista da Segunda Guerra.

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O enredo desse filme, tristemente, teria como pano de fundo o extermínio de mais de 400 mil de brasileiros e de brasileiras. Afinal, quantas dessas vidas ainda seriam vida, caso o governo federal houvesse sido competente, decente, responsável e minimamente correto na hora que precisou? Quer ação mais estranha do que um governo botar pra negociar vacina com uma empresa gigante e multinacional um secretário de Comunicação, um “aspone” preposto de um pseudo-filósofo e um vereador desocupado cuja função é fazer trela no trabalho do pai? Nenhum médico nesse negócio mal explicado e suspeito…

Os profissionais de Medicina do governo envolvidos nessa ação deletéria de desmonte da saúde brasileira deveriam perder, de logo, suas credenciais e responder pelas vidas ceifadas, nos órgãos corporativos médicos e na Justiça. Já os não médicos – sejam eles ministros da Saúde, economistas, empresários, burocratas ou mesmo filhos de governantes -, estes deviam seguir direto para a prisão e enfrentar um julgamento sumário e sério. Nessa fase do filme, o Tribunal de Nuremberg seria um bom roteiro a ser seguido.

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