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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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A democracia exige passagem

É acintoso o silêncio e a inação do Estado contra os largos passos do avanço do fascismo. A sociedade teme, estarrecida, que o impedimento de ir e vir tenha ocorrido, até o momento, sem posicionamento do governo que ora é o chefe das forças de segurança do Rio Grande do Sul

Ato em São Leopoldo encerra a passagem da Caravana Lula pelo Brasil pelo estado do Rio Grande do Sul. #LulapeloSul #LulapeloBrasil Foto: Ricardo Stuckert São Leopoldo (RS), 23/03/2018. (Foto: Enio Verri)
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É acintoso o silêncio e a inação do Estado contra os largos passos do avanço do fascismo. A sociedade teme, estarrecida, que o impedimento de ir e vir tenha ocorrido, até o momento, sem posicionamento do governo que ora é o chefe das forças de segurança do Rio Grande do Sul. Tolerar o fascismo é uma declaração de comparsaria. Em 2015, as tribunas do Legislativo foram exaustivamente ocupadas por parlamentares que alertaram para o abismo de uma guerra civil no qual o golpe de 2016 jogaria o País. A ideia está morta, não há debate. A demonização do Partido dos Trabalhadores e das esquerdas, de um modo geral, inoculou ódio, apenas.

A desinformação independe de classe social, ou nível de escolaridade. Quando se parte para argumentações verificáveis, a tendência é a conversa se encerrar. Não há quem consiga desconstruir a contribuição para o País, dos 13 anos dos governos do PT, ou sustentar as acusações ao ex-presidente Lula. O partido cometeu erros, pagou, está pagando e ainda pagará por eles. É o partido brasileiro que mais foi cobrado e se penitenciou na história política deste País. Porém, o ataque não cessa. Na falta de argumentos contra, por exemplo, o Brasil ter saído da 16ª para a 6ª posição entre as nações mais ricas do mundo, inocula-se o ódio.

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O ódio também foi o argumento da elite para destruir a política de oferta diária de médicos a 60 milhões de pessoas que não sabiam que tinham esse o direito. Políticas de largo impacto social e econômico para comunidades marginalizadas do processo de distribuição de acesso. O programa foi diuturnamente atacado, tanto pela imprensa quando por uma parcela do segmento profissional. Não mais que 15% da sociedade se mobilizam e lucram com a ausência de médicos para os outros 85% da população, majoritária e minimamente assalariados. O estarrecedor foi perceber a adesão ao ódio de boa parte desse maior contingente populacional.

A sociedade, de um modo geral, não compreende que se trata de luta de classes. São milhões de pessoas beneficiadas pelas políticas do PT, mas que agora têm um sentimento de aversão a ele e a Lula. Somente o ódio pode justificar ataques contra um programa que, a cada R$ 1,00 investido, tem revertido ao PIB, R$ 1,78. O Programa Bolsa Família contribuiu não apenas para tirar 40 milhões de pessoas da fome. Foi uma das políticas internacionalmente reconhecidas do PT, que tiraram o Brasil do Mapa da Fome, monitorado pela ONU.

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Isso se chama avanço civilizatório, que a sabuja elite financeira brasileira acha bonito nas nações centro de poder, que ela tanto admira. Contra essa ascensão civilizatória, usa-se a mídia como caixa de ressonância para detratar Lula e as exitosas políticas do PT. Basta observar quem são os maiores patrocinadores dela. Ela atenta, principalmente, contra a democracia. Lula é apenas o personagem mais famoso desse processo kafkiano. Sua condenação permitirá que qualquer pessoa também o possa ser, sem a necessidade de apresentação de prova que sustente a acusação.

A conformação do sistema judiciário que surge é um golpe mortal à democracia e à justiça. É preocupante que o STF tenha se permitido receber a visita do vice-presidente da maior rede de comunicação, no mesmo dia do julgado o HC do presidente Lula. O ataque em prosa e verso ao pequeno e efêmero recurso atendido pela Suprema Corte, é uma demonstração de que a democracia está sendo restituída, dentro dos parâmetros republicanos da suposição de funcionamento pleno das instituições, a fórceps. Como se não fosse um conceito plenamente constituído e internalizado pela sociedade, em pleno 2017. É como se fosse um favor concedido pelos tribunais da Casa-grande.

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Deve-se estar atento para não se deixar inocular pelo ódio de classes, que insufla o impedimento de circulação democrática das ideias. Essa ideia, por exemplo, que pequenos mas agressivos grupos de extrema direita tentam calar, pela força, é defendida em renomadas universidades internacionais e pelos principais veículos de comunicação do mundo, como o jornal "New York Times". No Brasil, sua voz é caçada 24h por dia. É inaceitável provocação tão baixa de bloquear a passagem e apedrejar quem sempre esteve aberto ao franco debate. Lula é uma liderança mundialmente reconhecida, desde os países em desenvolvimento aos mais desenvolvidos. Respeito e argumento são condições básicas para o debate. É preciso enfrentar com coragem a altivez a turba fascista.

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