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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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A direita destrói nossos países

"Desde o começo do governo de Macri na Argentina e de Temer no Brasil, a situação dos dois países mudou radicalmente e sempre para pior", avalia o sociólogo Emir Sader, ao comentar a situação do Brasil e Argentina após o fim dos governos Lula e Cristina Kirchner; "A liderança de dirigentes de prestígio como Lula e Cristina – perseguidos implacavelmente, quanto mais lideram as pesquisas e têm o apoio popular – dá lugar a presidentes de plantão, com apoios irrisórios e nenhuma confiança nacional e internacional"

A direita destrói nossos países
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O que a direita tem a propor para nossos países? Por que se empenhou tanto e segue empenhando-se tanto para retomar ou manter o controle dos governos?

Tomando o Brasil e a Argentina como referências, a direita só tem como programa e como objetivo, a destruição dos países, do seu patrimônio nacional, dos direitos dos trabalhadores, das políticas sociais, da soberania externa. Só se busca rebaixar o papel do Estado e da regulação economia, assim como da presença externa dos países, para favorecer a hegemonia norte-americana no continente.

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Tomemos a situação desses países há 5 ou 10 anos e comparemos com o que vivem agora, para avaliarmos que tipo de alternativa tem a direita para esses países e para os outros do continente, que a direita pretende governar. Os Kirchner, Nestor e Cristina, tiraram a Argentina da pior crise da sua história, fazendo com a economia voltasse a crescer, com que a exclusão social diminuísse de forma significativa, com que os argentinos voltassem a se orgulhar do seu país e a acreditar num futuro melhor.

Lula presidiu o Brasil no período mais virtuoso da sua história, um país que passou de ser o mais desigual do continente mais desigual a referência mundial no combate à fome e à exclusão social. Fez com que a economia brasileira superasse a recessão herdada de FHC e crescesse com distribuição de renda. Nunca a imagem do Brasil no mundo se tornou tao positiva como naqueles anos.

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Em poucos anos, desde o começo do governo de Macri na Argentina e de Temer no Brasil, a situação dos dois países mudou radicalmente e sempre para pior. As economias dos dois países voltou a recessões similares às que haviam tido no passado, como resultado da reaplicação de políticas neoliberais que já haviam fracassado nos anos 1990. O PIB cai brutalmente, enquanto o desemprego bate recordes.

O capital financeiro passa a dirigir diretamente a economia dos dois países, se intermediários. A estrutura produtiva dos dois países se desfaz, a especulação financeira domina as economias.

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Nunca os trabalhadores e o conjunto da população dos dois países estiveram tao desprotegidos. Sao dezenas de milhões de trabalhadores sem emprego, outros tantos desesperançados de conseguir trabalho, enquanto aumenta exponencialmente o numero de trabalhadores – ja majoritário em cada um dos dois países – com empregos precários, sem direito algum.

Nunca os sindicatos foram colocados em situação de enorme impotência para defender os interesses dos trabalhadores e até mesmo para sobreviver como organizações sindicais. As necessidades avassaladoras do grande capital impõem brutalmente seus interesses, seus ritmos de trabalho, a precariedade da condições de vida aos trabalhadores. As pequenas e médias empresas lutam para sobreviver, mas milhares delas desaparecem diariamente, deixando lugar a economia completamente controladas pelo capital financeiro.

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A desesperança e o desalento sobre o destino dos países e da vida das pessoas se impõem cotidianamente. A liderança de dirigentes de prestígio como Lula e Cristina – perseguidos implacavelmente, quanto mais lideram as pesquisas e têm o apoio popular – dá lugar a presidentes de plantão, com apoios irrisórios e nenhuma confiança nacional e internacional.

O maior sucesso de governos desses países dá lugar ao maior fracasso.

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Para isso a direita da Argentina e a do Brasil lançaram mão de todos os seus instrumentos legais e ilegais, para tirar a governos populares e democráticos e retomar o governo? Para destruir o patrimônio publico, para tirar direitos dos trabalhadores, para terminar com as políticas de inclusão social? Fica patente a diferença do que a esquerda latino-americana tem a oferecer aos nossos países e o que a direita tem a propor e a realizar.

Uruguaios, argentinos e bolivianos têm diante dos seus olhos o que os governos de esquerda e de direita fizeram e fazem com os nossos países. Em outubro eles podem escolher entre um e outro destino, um e outro futuro para seus países e para a América Latina.

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