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Michel Zaidan

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A economia política das relações internacionais

A questão que se coloca é se essa nova economia em rede pode ser apropriada pelo proletariado e pelos Estados em razão dos interesses nacionais e populares

Cédulas de dólar (Foto: REUTERS/Guadalupe Pardo)
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O conceito de economia política internacional nasceu, praticamente, com o início do capitalismo. Mais precisamente com a fase da chamada "acumulação  primitiva ". Disse  Marx que o capitalismo escrevia pelas linhas tortas de sua expansão  colonial e imperial  a primeira história mundial digna desse nome. 

A internacionalização das trocas de bens,  dinheiro e serviços conheceu várias  etapas. A primeira é identificada com o mercantilismo  e a expansão colonial européia. Corresponde à transição e a acumulação primitiva, onde as colônias cumpriram um papel de fontes originárias da riqueza que  permitiu a revolução industrial inglesa e reduziu o lugar das antigas metrópoles coloniais a meros  intermediários da riqueza  colonial.

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A segunda etapa é a do capitalismo liberal e concorrencial.  Caracterizava-se pela  exportação  de bens  e serviços  para países semi-coloniais em troca de matérias primas  e outros insumos, alimentos, etc.

A terceira fase é a do imperialismo e a exportação de bens de capital e dinheiro na forma  de  empréstimos públicos, também conhecido  como capitalismo  monopolista.  A Fase da industrialização  de países periféricos, com a internacionalização  do D 1, também conhecida como "industrializacao restringida" ( *Conceição  Tavares). No Brasil, é chamada pelo nome de substituição  das importações .

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A quarta fase é aquela conhecida como globalização financeira dos mercados, com a deslocalização  da produção  e a financeirização da riqueza e a desvalorização do trabalho humano. É a fase do  teletrabalho , da precarização  e o fim das políticas keynesianas de compra. Do fordismo e da produção de bens em massa.

A questão que  se coloca é  se essa nova economia em rede ou gigaeconomia pode ser apropriada pelo proletariado e pelos Estados em razão dos interesses nacionais e populares. Uma globalização  não neoliberal, mas voltada para um novo  contrato social  planetário, com a mudança  das agências  mundiais e a utilização da riqueza de base da humanidade.  (*Ricardo Petrella)

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Notas

Essas anotações  se destinam aos alunos  da disciplina: Seminário de tese da pós-graduação  em direito, da UFPE.

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O termo "acumulação  primitiva" é  de Marx, no Capital, "teoria  da colonização  moderna", equivale a exploração colonial  e a transição  para o capitalismo.

O termo "mercantilismo" equivale ao chamado capital comercial  e a acumulação  de capital na esfera da circulação  pelo monopólio da distribuição. 

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O termo "substituição das importações" é  de autoria de Maria da Conceição  Tavares, no livro homônimo. Corresponde ao caso brasileiro.

O termo "industrialização restrigida" está  na tese de livre-docência de Conceição  Tavares e corresponde à  internacionalização do Departamento de bens de produção .

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O termo financeirização da riqueza, é  do economista francês  Francois Cheseaux ,que escreveu o livro homônimo.

O termo "contrato social  planetário"  é do jurista belga Ricardo Petrella.

Os termos "globalização  hegemónica" e "globalização não hegemônica , são de  Boaventura Santos. Um refere-se ao capitalismo neo-liberal; o outro, ao Fórum Social Mundial e sua rede  de movimentos sociais.

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