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Sebastião Costa

Médico pneumologista

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A Eleição Argentina e os caminhos da América Latina

Com raras exceções, todo esse modelo de dominação colonizador/colonizado, opressor/oprimido de que fala Paulo Freire se mantém bastante vivo nos imensos grotões e rincões de nossa sofrida América Latina

Presidente eleito da Argentina Mauricio Macri dá entrevista coletiva em Buenos Aires. 23/11/2015 REUTERS/Enrique Marcarian (Foto: Sebastião Costa)
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No tempo normal ninguém levou. Na prorrogação o candidato conservador Maurício Macri, por um placar apertadíssimo, venceu o candidato da Presidenta Kirchner, interrompendo um modelo de gestão de muita coragem para encarar os privilégios da burguesia, peitar com muita garra a imprensa hegemônica(Ley dos Médios), desenterrar os esqueletos da ditadura( quem torturou está na cadeia) e de quebra reduzir a pobreza argentina de 47 para 25%. Some-se à essa derrota, as agruras do lulo-petismo no Brasil e vamos ter ingredientes suficientes para a esquerda latino-americana arrancar os cabelos da cabeça de preocupação.

Luís Lula da Silva ate já havia profetizado: "Sinto cheiro de retrocesso em toda América do Sul"

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É só abrir "As Veias Abertas Da América Latina" do uruguaio Eduardo Galeano e vamos encontrar uma AL estuprada por espanhóis e portugueses, violentada por holandeses franceses ingleses. Mal livrou-se das garras europeias e o novo continente caiu nos braços do neocolonialismo americano. A exploração de minério, de riquezas e de povo ainda deixou uma herança maldita: Uma profunda estratificação social, aliada à uma perversa concentração de bens e de renda nas mãos de uma minoria privilegiada.

Com raras exceções, todo esse modelo de dominação colonizador/colonizado, opressor/oprimido de que fala Paulo Freire se mantém bastante vivo nos imensos grotões e rincões de nossa sofrida América Latina.

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Algumas interrupções desse processo observou-se com muita ousadia em Cuba e mais recentemente na Venezuela, Brasil, Argentina, Bolívia, Equador e Uruguai com governos de orientação à esquerda do espectro ideológico, que pretenderam com políticas sociais diferenciadas interferir na estrutura da pirâmide social, melhorando o padrão de vida das populações mais carentes.

Se o governo Lula transferiu 35 milhões de pobres brasileiros para a classe média, a Venezuela de Chávez evoluiu 13 posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano, além de erradicar o analfabetismo em seu país com programa absorvido de Cuba. A Bolívia de Evo( utilizou o mesmo programa de alfabetização cubano), elogiada pelo papa Francisco; as conquistas sociais no Uruguai de Mujica e a Revolução Cidadã no Equador de Correia seguiram o mesmo caminho em busca de justiça social.

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Essas políticas de imensa sensibilidade repercutiram intensamente na vida política daqueles países, no sentido de que a maioria de seus habitantes, até então marginalizada, passou a identificar naqueles governantes a tábua de salvação para suas 'eternas' mazelas sociais. Até a pouco pareciam imbatíveis, mas o desastre argentino e as perspectivas pessimistas no Brasil, dois carros-chefes no continente, lançam sombras escuras no destino político das forças progressistas, com nefastas repercussões em conquistas sociais, jamais observadas em terras latino-americanas.

Uma péssima notícia para os pobres e miseráveis do nosso continente.

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