A escalada fascista via Judiciário
Fica a cada dia mais claro que não haverá saída fora de um projeto amplo de concertação nacional que tenha como primeiro objetivo derrotar a Lava Jato. E tal concertação passa invariavelmente pelo fim da perseguição a Lula
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No Brasil, vivemos uma escalada fascista que, bem como ocorreu em países europeus no século passado, avança na incapacidade da sociedade brasileira em se dar conta de tal movimento, permite o desmonte da Nação e a destruição do estado democrático de direito.
Pra deixar claro, entendo o fascismo como uma reação do capitalismo aos momentos de crise econômica. No caso brasileiro, os protagonistas deste processo estão no Judiciário.
A fascistização no Judiciário dá os primeiros sinais no caso da Ação Penal 470, conhecida como "mensalão". Ali atropelam-se os limites impostos pelos códigos e pelos princípios do Direito que sustentavam o pacto democrático da Constituinte de 1988. O "mensalão" se baseou em provas falsificadas e manipuladas, deixando claras as intenções de setores do Ministério Público Federal (MPF) de se firmarem como poder político.
Bem como o MPF, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve papel central na fragilização da democracia brasileira ao abrir mão de sua responsabilidade de defender a Constituição.
Foi aí que o fascismo encontrou a forma de se capilarizar para além do Judiciário, através do mote anticorrupção, em campanha tão odiosa que permitiu a destruição da engenharia e da construção civil brasileira, a eliminação de centenas de milhares de empregos, o aprofundamento da crise - que já vinha numa crescente em função da queda nos preços das commodities e pela política econômica equivocada no governo Dilma - e na implantação do estado de exceção no país. Além da desnacionalização da economia, a Lava Jato tem como objetivo enterrar a democracia, a partir da destruição do sistema político partidário.
Fica a cada dia mais claro que não haverá saída fora de um projeto amplo de concertação nacional que tenha como primeiro objetivo derrotar a Lava Jato. E tal concertação passa invariavelmente pelo fim da perseguição a Lula.
Nesse ponto, já há uma mínima sinalização de que setores mais ao centro começam a compreender que a injustiça imposta a Lula dá sobrevida à conjuntura fascistizante. Só não se sabe se a ponto de tensionar e encorajar o STF a defender a Constituição, revendo a prisão em 2ª instância e retomando a prisão só após o processo transitado em julgado, restabelecendo o princípio da presunção de inocência.
A ver.
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