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Giselle Mathias

Advogada em Brasília, integra a ABJD/DF e a RENAP – Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares e #partidA/DF

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A falsa narrativa jornalística e a Petrobrás

São lógicas e interesses diversos, mas o jornalismo econômico no Brasil serve a esses senhores interna e externamente, utiliza a alta e a queda das ações para submeter a soberania nacional e de seus recursos naturais à gana do “mercado”, trazendo como ideia pronta e finalizada que a economia se reduz aos resultados da bolsa de valores

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Nos últimos dias o jornalismo econômico ficou atônito, e agora suas “previsões” se concretizaram. As ações da Petrobrás caíram, subiram e voltaram a cair com a justificativa de que a atitude do governo em demitir o presidente da empresa (sociedade de economia mista, com maior capital do Estado) foi vista como uma interferência absurda e irresponsável do Estado na “boa” gestão da empresa.

Ora, como é possível ser uma boa gestão com os aumentos constantes do valor do combustível? É óbvio que o aumento nos combustíveis gera um aumento nos custos dos serviços e produtos, o que na atual situação vai criar mais dificuldades para a prestação destes e a entrega daqueles.

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Sim! É uma questão básica econômica, a oferta e a demanda, e se não há controle a tendência é de quebra. Aliás, se observarmos a natureza nos ensina essa regra utilizada na economia, pois quando há desequilíbrio espécies são extintas, rios desaparecem, florestas viram desertos.

O mercado, que não é um ente ou um DEUS e, sim uma criação humana e gerido por esta, evidentemente não visa, e muito menos prioriza a economia como um todo, mas apenas os ganhos de alguns, por este motivo a gestão que serve ao Senhor Mercado, não serve a economia para um país e sua população.

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São lógicas e interesses diversos, mas o jornalismo econômico no Brasil serve a esses senhores interna e externamente, utiliza a alta e a queda das ações para submeter a soberania nacional e de seus recursos naturais à gana do “mercado”, trazendo como ideia pronta e finalizada que a economia se reduz aos resultados da bolsa de valores.

Tentam nos vender que uma empresa nacional que explora os recursos do país tem que se submeter ao mercado e não ser utilizada para o desenvolvimento interno e segurança da economia. 

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É inconcebível imaginar que uma empresa criada com recursos públicos, que faz a exploração de recursos naturais do país não possa ter uma política pública, e que a narrativa construída seja a de prejuízos de poucos acionistas, quando o maior prejudicado é o Brasil com esses aumentos absurdos que afetam a economia como um todo.

A lógica imposta pelo mercado e jogada na narrativa jornalística é surreal, manipulam a informação e criam no ideário coletivo a crença que o país seria apenas mais um acionista da Petrobrás e por este motivo sua administração não poderia visar o público e só deveria servir aos interesses destes acionistas.

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No entanto, falamos de uma empresa pública que explora recursos naturais nacionais, o qual é simplesmente a maior matriz energética do mundo, o petróleo, e a empresa construída com patrimônio nacional deve, na concepção dos donos do mercado, ter como objetivo administrativo apenas remunerar acionistas, e ignorar políticas públicas utilizadas para o controle econômico e evitar prejuízos ao mercado interno, deixando os preços de combustíveis ao prazer do “mercado”.

Assim, vendem a história que o fretista, um caminhoneiro autônomo, o motorista do über e outros, que possuem o custo do seu trabalho diretamente vinculado ao combustível, não conseguem mais trabalhar ou tem sua renda reduzida, é porque eles não possuem mérito, e não porque seu trabalho foi inviabilizado pela decisão de acumuladores de riquezas, através de uma “remuneração” do capital ilusória e virtual, pois nada mais é do que isso, ilusão.

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Não há produção no Mercado de “investimentos”, há a venda de boatos, de inseguranças, de ilusões de vitórias, e do acréscimo de capital sem nenhum esforço, onde o mercado de produção serve como instrumento de retirada de valores da economia comum para os sanguessugas do mercado de investimentos e financeiro.

O mercado financeiro, e, particularmente, o mercado de ações são parasitas da economia, em que retiram a renda da população e da economia geral para os acumuladores, quem ganha são sempre os mais ricos, pois dispõem de informações privilegiadas e capital para conduzirem o desvio das riquezas da nação e de seu povo para poucos interna e externamente.

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A economia de um país é mais do que a Bolsa de Valores e bancos, mas reduzi-la a isso atende aos interesses da plutocracia, pois somente com essa narrativa absurda dos “especialistas” neoliberais dos jornais não haverá resistência para o roubo sistemático das empresas públicas nacionais e das riquezas naturais do Brasil. O que presenciamos hoje é mais uma vez a prática do estelionato, com a quadrilha já conhecida da mídia, mercado e “investidores”.

Empresas públicas foram criadas como forma de regular o mercado para não haver abusos de preços e desequilíbrios econômicos, bem como para explorar as riquezas naturais e regular os preços com o objetivo de garantir uma política pública benéfica a economia como um todo e ao povo brasileiro. 

Permitir que a empresa nacional de petróleo e gás construída com recursos financeiros e capital humano brasileiro seja privatizada ou administrada para remunerar parasitas significa deixar sucumbir pequenos negócios, profissionais autônomos, reduzir a renda dos brasileiros para transferir nossas riquezas e bem-estar para os verdadeiros criminosos, os plutocratas acumuladores de riquezas, os cavaleiros do apocalipse econômico, os neoliberais, que gozam com a miséria, pobreza, fome e morte de seres humanos.

O PETRÓLEO É NOSSO, A PETROBRÁS É NOSSA!

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