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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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A farsa do inquérito contra Lula

A farsa da abertura de procedimento investigatório criminal contra o ex-presidente Lula coloca em xeque a credibilidade não apenas da Procuradoria da República e do Ministério Público mas, em linhas gerais, de toda a Justiça brasileira

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A farsa da abertura de procedimento investigatório criminal contra o ex-presidente Lula coloca em xeque a credibilidade não apenas da Procuradoria da República e do Ministério Público mas, em linhas gerais, de toda a Justiça brasileira.

O embuste nasceu no dia 20 de abril, quando o procurador Anselmo Lopes, da Procuradoria da República do Distrito Federal, deu início a uma "Notícia de Fato" e, sem apresentar qualquer prova ou indício, levantou hipóteses de que o ex-presidente Lula "poderia", "em tese", "talvez", ser suspeito de tráfico de influência internacional em favor de empresas brasileiras no exterior.

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Durante as eleições de 2014, Anselmo Lopes publicou em seu perfil no Facebook uma série de ataques ao ex-presidente Lula, à presidenta Dilma e ao PT. Nas mensagens, convenientemente apagadas posteriormente pelo procurador, ele pedia votos para o candidato tucano Aécio Neves à presidência.

No dia 18 de maio, a procuradora Mirella Aguiar, que foi sorteada para decidir pelo arquivamento ou abertura de inquérito publicou despacho em que afirma que não existem elementos suficientes para abertura de inquérito contra o ex-presidente. Consta no despacho: "os parcos elementos contidos nos autos – narrativas da imprensa desprovidos de suporte probatório suficiente – não autorizam a instauração de investigação forma do representado".

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Entretanto, inexplicavelmente e de forma indevida e arbitrária, no dia 8 de julho, o procurador Valtan Timbó Mendes Furtado, em portaria, determinou a abertura de procedimento investigatório criminal apresentando como razão o teor da "Notícia de Fato" elaborada pelo procurador-militante Anselmo Lopes, ainda que a mesma "Notícia de Fato" já tivesse sido solenemente desqualificada pela procuradora Mirella Aguiar.

O insólito é que o procurador Valtan Furtado, que atropelou a decisão da procuradora Mirella Aguiar e pediu urgência para a abertura de inquérito contra Lula, é alvo de inquérito dentro do próprio Ministério Público por ser negligente no exercício de suas funções: ele levou três anos para apresentar denúncia contra os indiciados pela Polícia Federal na Operação Sentinela, que investigou corrupção no TCU em 2004, e atrasou o andamento de ao menos 245 processos que estavam sob sua responsabilidade.

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A farsa da abertura do procedimento investigatório criminal contra o ex-presidente Lula, portanto, é protagonizada por dois procuradores, um declaradamente militante do PSDB e outro comprovadamente negligente com suas responsabilidades. O resultado dessa matemática é o atropelamento de condutas éticas e morais, com o claro objetivo de constranger e manchar publicamente a imagem do ex-presidente Lula.

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