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Túlio Ribeiro

Economista, pós-graduado em História Contemporânea, mestre em História social e doutorando em Desenvolvimento Estratégico pela UBV de Caracas. Autor do livro A Política de Estado sobre os recursos do petróleo, o caso venezuelano (2016). Autor participante do livro A Integração da América latina: A História, Economia e Direito (2013)

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A financeirização como arma geopolítica

Seja em paralelo ou posterior, o fato atual mais importante da globalização do capitalismo é o processo de financeirização da economia. Inseridos nos discursos neo-liberais em defesa deste um modelo, a sua ação deveria facilitar o acesso a recursos financeiros a países menos desenvolvidos

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Seja em paralelo ou posterior, o fato atual mais importante da globalização do capitalismo é o processo de financeirização da economia. Inseridos nos discursos neo-liberais em defesa deste um modelo, a sua ação deveria facilitar o acesso a recursos financeiros a países menos desenvolvidos, a partir do aumento da participação do capital de bancos e fundos para outras atividades econômicas, via de concessão de créditos, taxas, análises de projetos, seguros, associações ou análise de risco.

Mas se fosse lançar olhar ao objetivo prático, não se pode afastar que para os detentores do capital, a financeirização deve gerar um excedente aos acionistas,
credores e proprietários dos fundos. Frente a esta realidade, a taxa de retorno pode provir não apenas do crescimento de um país, mas no paradoxo da deterioração de sua condição. Desta forma, por estar inserida em toda a economia, a financeirização tem ganhos não apenas com taxas positivas de produção, mas também quando gera crises no país com o intento de absorver seu patrimônio com valores aviltados. A ação dos fundos de investimentos abandonam o sentido de promover o desenvolvimento para abraçar uma seara que cresce em importância: a especulação de ativos.

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Em que pese que o "capital" tenha construído atualmente um paradigma de segurança jurídica, conceitos econômicos de superavit fiscais que garantam o pagamento de seus empréstimos e uma aliança com a grande mídia com objetivos formar opiniões favoráveis, o que se apresenta é um modo de governar que praticamente exclui o interesse nacionalista em nome dos padrões financiados por estes fundos.

Ao superar o PIB de muitas nações, os conglomerados de investimentos suplantam a questão econômica para definir as organizações adequadas na geopolítica. O paradigma estabelecido passa suprimir as nações através de um sistema mundialmente integrado, e de difícil rompimento desta coordenação. Não faltam exemplos de países que sofrem a guerra econômica, sanções e a ameaça bélica.Afinal dentro do capitalismo moderno, e selvagem, não existe a população como objetivo e sim o maior retorno possível do título investido.

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A conclusão convincente é que nações ou economias desenvolvidas auferem melhores resultados neste sistema do mercado financeiro. A pobreza cresce paralelamente a uma riqueza crescente e cada vez mais em menos mãos.

O capital financeiro é o eixo da apropriação e da concentração de renda, superando qualquer fator de geração. A financeirização é a ferramenta mais moderna do mundo globalizado, e por certo em vez de democratizar o acesso, visa aprofundar aglomeração da renda em grupos restrito de pessoas.

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