A força dos sobreviventes
Iremos intervir belicosamente em alguma guerra? Acredito que não, é mais justo tratar da situação não só do asilo e do dente do mendigo, mas da sua situação psiquiátrica. Achar seus familiares.
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Fui comprar refrigerante embaixo do meu prédio, e fui dar uma volta na praça.
Imediatamente me deparei com um mendigo, solitariamente, esquecido, invisível aos olhos da sociedade, chorando.
Fui lá, mas ele estava com os neurônios enferrujados, e só conseguiu urrar apontando para o dente, a palavra dor.
Fui na farmácia e comprei um remédio muito usado para esse tipo de problema, um copo de suco de uva, e disse que ele tomasse três de uma vez quando a dor aparecesse de novo.
Uma caixa com 30 comprimidos, alí estava o alívio de dez sessões de dor de dente.
Ele poderia tomar cachaça, pois dei dez reais para ele, pois poderia comer alguma coisa, e de fato não me questionei…ele poderia ter utilizado o dinheiro para tomar aguardente.
E daí, prazer para ele, miserável, invinsível, que me dói no coração, pois em uma sociedade igualitária ele teria um abrigo e um assistencialismo.
E estamos distantes disso, estamos caminhando para o famoso “hambúrguer de asfalto”, daqueles que ouvimos um tiro à distância, e vamos ao local, um cheiro de sangue no ar…
Iremos intervir belicosamente em alguma guerra?
Acredito que não, é mais justo tratar da situação não só do asilo e do dente do mendigo, mas da sua situação psiquiátrica.
Achar seus familiares.
Eu sonho, eu me emociono, eu digito com calor de um libertário, convicto de que a palavra “meritocracia”, não combina com o meu vocabulário, que é o Aramaico.
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