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Washington Araújo

Jornalista, escritor, professor da UnB, tem 17 livros sobre mídia e direitos humanos. Autor do blog de jornalismo e cultura Cidadaodomundo.org

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A Globo deveria trocar seu Plim-plim por vibrante dobre de finados...

A programação capricha em evidenciar o baixo astral em cada notícia, em cada chamada de telejornal, como se temas felizes, pessoas alegres, mensagens com 0,01% de esperança no futuro e pautas inclusivas e não-partidarizadas estivessem para sempre banidos da emissora do Jardim Botânico carioca

Patricia Poeta e William Bonner (Foto: Washington Araújo)
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Impressiona a capacidade da TV Globo de produzir baixaria em cima de baixaria, horário nobre jogado no lixo dia a dia!

Não precisa ser moralista nem careta para ver que emissoras como as dos Irmãos Marinho fazem completo desserviço ao país.

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Vejamos essa sua atual novela das nove. A Regra do Jogo. Tem tudo menos lealdade e observância de regras, sejam de educação e civilidade, seja de ética ou de bons costumes.

E não deixemos de notar que outra recente novela das nove - Amor à Vida - teve de tudo, menos amor à vida. Desde bebê jogado em caçamba de lixo a quadriláteros amorosos, assassinatos, adultérios em família em pencas, sequestros de crianças... e muita, muita baixaria. Isso é amor à vida? A resposta é: Plim plim.

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E não é um apelativo "Criança Esperança" levado ao ar em apenas um dia do ano que poderá lhe aliviar a barra, diminuir seu imenso deficit civilizacional para com o país.

Muito menos um "Telecurso" ou "Globo Rural" nos horários mais inconvenientes que conseguirá lhes melhorar a imagem. A outra imagem, bem entendido, a imagem que tem a ver com dignidade humana, valores humanos, decência humana. Esta consegue se evadir diariamente da grade de programação da Rede Globo.

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Violência e cafajestagem, violação de direitos humanos, elogio à sordidez humana, bullying repetitivo contra negros, subempregados, gordinhas... Piadas preconceituosas e machistas, humor com viés escatológico e palanque político se revezam no infausto "Domingão do Faustão" como veículo eficiente capaz de tornar cada dia mais longe o sonho de uma sociedade brasileira plural e que preza sua rica diversidade espiritual, étnica e cultural.

Tudo o que deprecia a condição humana encontra respaldo, apoio, relevância ba tela da Goibo. Porque isso "aparentemente" rendia bons números no Ibope na tela da emissora.

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E sabem o que é pior? Todas as emissoras concorrentes desejam nela se espelhar!

A boa nova que vem desde 2012 é que a audiência da Globo despenca a olhos nus.

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E não adianta fazer Bonner caminhar pelo cenário no Jornal Nacional, se bem que ele poderia sapatear entre um e outro intervalo ou fazer acrobacias com twistes carpados à esquerda.

Também não adianta chamar a bonita moça do tempo por seu apelido de infância - Maju - ou descobrir que o apelido de William Waack é Nosfe (de Nosferatu), por que nada disso tem o poder de melhorar um produto com prazo de validade há muito vencido.

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A derrocada da Globo tomou amplo impulso quando recheou seus telejornais com a palavra crise.

A cada frase com o mínimo de quatro palavras recitada por seus jornalistas uma destas tem que ser - invariavelmente - crise.

E tudo lhe serve como pauta: Crise de ar, crise de fogo, crise de água, crise de terra.

Deve existir alguma parceria comercial entre a Rede Globo e os fabricantes de medicamentos à base de fluoxetina - do famoso Prozac - e também com laboratórios que abastecem farmácias com antidepressivos igualmente populares.

Para os que lucram com antidepressivos não existe crise e dinheiro corre como água.

A programação capricha em evidenciar o baixo astral em cada notícia, em cada chamada de telejornal, como se temas felizes, pessoas alegres, mensagens com 0,01% de esperança no futuro e pautas inclusivas e não-partidarizadas estivessem para sempre banidos da emissora do Jardim Botânico carioca.

A Gobo deveria ser instada pelo Poder Público a veicular anúncio antes das suas atrações, em especial aquelas do horário nobre com dizeres mais ou menos assim:

"Esse programa nivela você por baixo. Esse programa ensina seus filhos a praticar vários tipos de violência, roubos, fraudes, além de elogiar a mentira, valorizar todo tipo de baixaria, investir no aumento de sua depressão e instabilidade emocional. Apoiamos o fim da responsabilidade social dos canais tevê."

Outra opção de reclame institucional obrigatório seria esta:

"Atenção pais! Querem uma boa saúde mental e emocional para seus filhos? Desliguem a tevê a partir desse momento. Aproveitem esse tempo para terem mais conversas significativas com seus filhos. Programem visitas a livrarias. Leiam mais livros. Assistam filmes no sistema Netflix. Façam qualquer coisa, mas não ajudem a aumentar nossa audiência, pois sua saúde mental poderá sofrer significativos abalos. Bem, fizemos a nossa parte, agora é com vocês, pais."

Claro que agindo assim a emissora cometeria suicídio empresarial, mas, por outro lado, prestaria um grande serviço ao Brasil.

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