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Rogério Maestri

Engenheiro e professor na UFRGS

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A grande burguesia brasileira está pronta para entregar os dedos para não perder a cabeça?

O objetivo do miliciano chefe que ocupa a cadeira que jamais poderia ocupar é de tensionar a miséria do povo brasileiro para que esses saqueiem supermercados, padarias e mercadinhos atrás de comida, o chamado furto famélico.

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O objetivo do miliciano chefe que ocupa a cadeira que jamais poderia ocupar é de tensionar a miséria do povo brasileiro para que esses saqueiem supermercados, padarias e mercadinhos atrás de comida, o chamado furto famélico.  

Alguns oportunistas furtarão TVs, roupas ou artigos não de primeira necessidade, mas isso será somente feito por compulsão e histeria do momento, pois como nos últimos saques desse tipo grande parte dos saqueadores devolveram espontaneamente os produtos furtados. Porém a segunda parte do plano do miliciano é a pior, é jogar as milícias e os policiais militares (que grande parte pertencem as milícias) contra esses miseráveis para implantar um governo de exceção, entretanto como o “grande líder” não tem  mínimo conhecimento de história e entende como funciona a dinâmica das multidões, pagarão com a vida nesse momento não só as lideranças populares que não se esconderem a tampo, mas diria que no meio de uma onda de revolta popular, saques  revoltas populares e depredações, esses milicianos e policiais acostumados a extorquir as comunidades irão não somente perseguir as lideranças populares, pois como eles trabalham na lógica da cobiça explorando comunidades populares, se voltarão para o saque do patrimônio dos donos do poder brasileiro. 

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Se eles atacarem casas de populares e da classe média em geral em mil ou cem casas obterão o mesmo lucro que uma casa da alta burguesia, casas que eles conhecem pois geralmente trabalham como segurança dessas. Isso não será algo tramado pelo miliciano mor e sua família, mas sim uma consequência lógica que ocorrerá com a desordem instaurada pelos próprios “defensores da ordem” e pelo encobrimento que motins de alta intensidade fornecem aos atos criminosos, quem analisa a história de revoltas populares sem a mínima direção política como o Bogotazo, por exemplo.  

Para dar uma ideia do que foi o Bogotazo só colocarei um pequeno texto de uma tese de uma universidade norte americana que descreve o evento: “ A maioria das lojas de ferragens foi invadida, especialmente no distrito de San Victorino. As pessoas se armaram com canos, ganchos, barras de aço, machadinhas, serras e facões. A maioria das lojas de ferragens foi invadida, especialmente no distrito de San Victorino. As pessoas se armaram com canos, ganchos, barras de aço, machadinhas, serras e facões. Alguns policiais se juntaram às turbas. Outros ficaram confusos e esperaram por pedidos que nunca chegaram. ........ O motim também se estendeu a propriedades privadas, com 157 prédios no centro da cidade sofrendo sérios danos, 103 deles com perda total. Muitos foram mortos em lutas por bens roubados. Todos os tipos de mercadorias eram levados para os bairros periféricos mais pobres. Conforme noticiado alguns dias depois pela revista Semana (edição nº 78, de 24/04/1948), as pessoas passaram a vender os objetos roubados a preços baixíssimos, ou simplesmente trocar a mercadoria por álcool. Nos dias seguintes, foi montado um mercado de venda dos bens roubados, que ficou conhecido como pela turba de "Feria Panamericana” Pela repressão mataram alguns milhares de populares e lideranças de esquerda, mas também onde estava o dinheiro.Chamo atenção que Bogotá na época do Bogotazo tinha menos de 600.000 habitantes, agora transfiram para cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e outras regiões metropolitanas.  Não que uma revolta reprimida por uma polícia com ligações com uma milícia lumpen vão se satisfazer em saquear casas de líderes comunitários, deputados de esquerda e casas da pequena classe média, pois no saque de uma só casa de um oligarca brasileiro vão ter mais lucro que saquearem mil casas de populares. 

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Mas quem faria isso? Simples os mesmos guardas de segurança que estão fazendo a guarda das casas das grandes fortunas, pois eles sabem a onde está o dinheiro e onde estão os objetos de valor, e muitas vezes um só desses objetos valem mais do que uma vida de seus salários. Saquear mil casas de operários tem no mínimo duas mil pessoas para protege-las e  no desespero qualquer coisa vira uma arma, por outro lado quantas pessoas na casa de um oligarca terá para defende-la, duas três ou no máximo quatro, pois os outros “seguranças” serão eles mesmo os saqueadores. Qual a forma de se proteger desses saqueadores, ir para o exterior? As fronteiras estão fechadas! Ir para uma fazenda ou para um sítio? Só mudará quem fará o saque. Ou seja, é o momento de entregar os dedos para não perder a cabeça, pois o entregar os anéis para não perder os dedos será pouco. 

 

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