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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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A grande empresa e a rebelião

A empresa é a unidade sócio-técnica essencial para compreendermos o que é o mundo contemporâneo e é parte viva da política, da guerra, da devastação ambiental e dos conflitos localizados. É de longe, o dínamo central das principais e definitivas contradições de nossa modernidade de sangue, cinza e barbáries

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Desde a Revolução Industrial desencadeada a partir do século XVIII o mundo fora integralmente reinventado. As cidades ganham centro, o mundo urbano passa a ser o campo gravitacional da vida social, os campos são apropriados pela lógica do industrialismo e o conceito de riqueza ressurge com novos componentes societários.

A empresa é a unidade sócio-técnica essencial para compreendermos o que é o mundo contemporâneo e é parte viva da política, da guerra, da devastação ambiental e dos conflitos localizados. É de longe, o dínamo central das principais e definitivas contradições de nossa modernidade de sangue, cinza e barbáries. De outra maneira, entendemos as ações, representações, impactos e influências da empresa moderna na contemporaneidade ou nos perderemos em nossas certezas de papel.

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Finalmente, política pública séria e humano-cêntrica é aquela que coloca a empresa no lugar dela; que resguarda espaços civis para o controle social e que visa mesmo ampliar a vida civil, social e democrática aos interesses definitivamente democráticos e que carecemos tanto.

A crise econômico-financeira e que neste momento gera e inspira guerras em todo o mundo; que impõe políticas de contenção de investimentos públicos; que faz renascer sentimentos e militância neonazista em todos os cantos do mundo nasce da reorganização de empresas do rentismo internacional e de suas metas orçamentárias não atingidas em um tempo pré-determinado por assessorias de alto padrão e por acionistas sempre ciosos por mais ganâncias, por mais lucros.

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Não deu! E por quê não deu? Porque o mundo não cabe em planilhas de burocratas; os movimentos sociais, as resistências ou re-existências locais e regionais não podem ser planilhadas; os levantes espontâneos que fecham pontes, estradas, passagens e que ocupam prédios públicos ou privados são o "não-planejado", o "não-previsto", o "não-identificado" pelo "yuppie" de Harvard, de Oxford ou da consultoria S.A.

E aceitemos isso ou não, mas sem essas manifestações sociais a sanha do capital por mais concentração de renda, mais apropriação da vida pública e por mais ativos ambientais estaria em um patamar tal que, sinceramente, não saberíamos descrever. A rebelião localizada mitiga nosso drama; o "bárbaro" da periferia é nosso anti-herói e; pobres e miseráveis ensaiam novos passos rumo à libertação.

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O filósofo existencialista Jean Paul Sartre estava correto ao afirmar que "estamos condenados a sermos livres". E é verdade! A rebelião localizada, a resistência em prol da vida individual e comum indica esta boa "condenação" e a gestão-mundo da empresa moderna, mercantil por definição, massificadora por princípio técnico, brutal porque, de fato, as massas precisam ser controladas chega em seu limite... Porque a guerra se avizinha.

A guerra moderna é o fracasso da grande empresa contemporânea e um novo ciclo civilizacional ganha forma. Em outro paralelo, ou os "bárbaros" se sentam à mesa do grande banquete do mundo ou os conflitos seguirão.

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